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      InícioÁsiaCoreia do Sul: Parlamento vota moção de destituição no sábado

      Coreia do Sul: Parlamento vota moção de destituição no sábado

      O parlamento da Coreia do Sul vai votar uma moção de destituição do Presidente Yoon Suk-yeol no sábado, noticiou a agência de notícias pública sul-coreana Yonhap. Uma sondagem indica que sete em cada dez sul-coreanos aprova a moção contra o Presidente.

       

      “O voto da moção de destituição do Presidente Yoon vai decorrer cerca das 19 horas de sábado”, declarou um deputado da oposição Jo Seoung-lae, citado pela Yonhap.

      Entretanto, a polícia sul-coreana anunciou a abertura de um inquérito por “rebelião” contra Yoon, na sequência da imposição da lei marcial no país, suspensa horas mais tarde. “O caso está em curso”, declarou o chefe de investigações da polícia, Woo Kong-suu, aos deputados.

      O secretariado para a imprensa do chefe de Estado da Coreia do Sul indicou que Yoon não fará qualquer declaração pública. A última intervenção pública de Yoon ocorreu ao início da manhã de quarta-feira, quando suspendeu a lei marcial.

      Na terça-feira à noite, Yoon comunicou ao país a imposição da lei marcial para “erradicar as forças a favor da Coreia do Norte e proteger a ordem constitucional” das actividades “anti-estatais”, tendo acusado o principal bloco da oposição, o Partido Democrático (PD).

      Poucas horas depois, o Presidente suspendeu a lei marcial, depois de a Assembleia Nacional ter revogado a decisão, numa sessão plenária extraordinária convocada numa altura em que milhares protestavam nas ruas de Seul.

      Na quarta-feira, seis partidos da oposição na Coreia do Sul apresentaram uma moção para a destituição de Yoon. O PD e cinco outros partidos iniciaram assim o processo parlamentar que poderá levar ao afastamento do Presidente sul-coreano, cujo Partido do Poder Popular (PPD) governa em minoria.

      O chefe da bancada parlamentar do PPD garantiu já que todos os 108 deputados do partido vão rejeitar a moção apresentada pela oposição para destituir o chefe de Estado. Ainda assim, o líder do PPD exigiu que Yoon Suk-yeol abandone a formação política.

       

      SETE EM CADA DEZ APOIAM A MOÇÃO CONTRA O PRESIDENTE

       

      Sete em cada dez sul-coreanos apoiam a moção parlamentar de destituição do Presidente Yoon Suk-yeol, indica hoje uma sondagem do Realmeter. De acordo com a sondagem, 73,6% da população sul-coreana apoia o processo parlamentar que poderá levar à suspensão do exercício do poder de Yoon.

      Em contrapartida, 24% dos cidadãos rejeitam a moção, apresentada na quarta-feira por seis grupos parlamentares – incluindo o principal partido da oposição, o liberal Partido Democrático (PD) de Lee Jae-myung – que anularam o estado de emergência de Yoon e agora contra-atacaram, dando início ao processo de destituição do Presidente.

      Questionados sobre se as aCções do Yoon podiam “constituir traição”, 70% dos inquiridos responderam afirmativamente, contra 25% que têm uma opinião contrária. A sondagem, com uma margem de erro de aproximadamente 4,4% e um nível de confiança de 95%, inquiriu 504 pessoas com mais de 18 anos.

      Os promotores da moção argumentaram que Yoon violou a Constituição e outras leis com a declaração de lei marcial e anunciaram já que vão votar a proposta no sábado. Para ser aprovada, a moção precisa do apoio de pelo menos 200 dos 300 assentos que compõem o corpo legislativo unicameral sul-coreano.

       

      EX-MINISTRO DA DEFESA PROIBIDO DE VIAJAR PARA O ESTRANGEIRO

       

      O Ministério Público da Coreia do Sul proibiu o ex-ministro da Defesa sul-coreano Kim Yong-hyun de viajar para o estrangeiro devido ao papel na declaração da lei marcial no país.

      “Os procuradores do Distrito Central de Seul impuseram uma proibição de viagem ao ex-ministro”, disse a agência de notícias sul-coreana Yonhap, citando fontes judiciais.

      Horas antes, o Presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk-yeol, aceitou a renúncia do ministro da Defesa, que assumiu a responsabilidade pela declaração da lei marcial, e nomeou um militar aposentado, Choi Byun-hyuk, para o cargo.

      Considerado um “falcão” e próximo de Yoon, Kim Yong-hyun era uma das figuras mais proeminentes do Governo sul-coreano. Ex-chefe da segurança presidencial de Yoon, Kim foi nomeado para o cargo em Agosto e confirmado em Setembro. Enquanto ministro da Defesa, tinha o poder de recomendar ao Presidente a declaração da lei marcial.

      Durante a audição parlamentar, anterior à confirmação como ministro da Defesa, o Partido Democrático (PD, oposição) sugeriu que o motivo subjacente à nomeação era preparar o Governo, cada vez mais enfraquecido e rodeado pela oposição, para declarar a lei marcial, algo que Kim negou veementemente.

      Choi, o sucessor de Kim, foi apresentado pelo chefe de gabinete de Yoon, Chung Jin-suk, como um militar experiente, com amplos conhecimentos em matéria de segurança e uma vasta experiência no terreno.

       

       

      Ponto Final
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      Redacção do Ponto Final Macau