O Fundo de Desenvolvimento da Cultura apresentou ontem dois planos de subsídios para a indústria cinematográfica local. No total, o orçamento para os dois planos de apoios é de 14,5 milhões de patacas. Na apresentação dos planos, as autoridades ressalvaram que os filmes candidatos aos apoios não poderão “prejudicar a segurança nacional ou violar as crenças locais”.
O Governo vai lançar dois novos planos de subsídios para a indústria do cinema local. O “plano de subsídio à filmagem cinematográfica e televisiva em Macau 2023” e o “plano de subsídio à divulgação e distribuição de obras cinematográficas e televisivas com elementos de Macau 2023” têm, em conjunto, um orçamento de 14,5 milhões de patacas.
Os planos, lançados pelo Fundo de Desenvolvimento da Cultura, foram apresentados ontem, na reunião plenária do Conselho Consultivo para o Desenvolvimento Cultural. Através deste apoio financeiro, o Governo pretende incentivar e atrair a vinda de equipas de filmagem do exterior a Macau para filmagem ‘in loco’, “proporcionando às empresas cinematográficas e televisivas mais oportunidades de participação na filmagem de produções cinematográficas e televisivas do exterior, de modo a elevar os conhecimentos e a experiência dos profissionais locais e permitir a divulgação e distribuição de obras cinematográficas e televisivas com elementos de Macau”, explicaram as autoridades.
Assim, o “plano de subsídio à filmagem cinematográfica e televisiva em Macau 2023” tem um orçamento de 12 milhões de patacas e o valor máximo a conceder a cada projecto é de dois milhões. Entre os requisitos para receber o apoio estão a aquisição de equipamentos a empresas locais, o recrutamento de residentes, por exemplo, explicou Hoi Kam Un, chefe do departamento de apoio financeiro a actividades e projectos do fundo de desenvolvimento da cultura.
Por outro lado, o “plano de subsídio à divulgação e distribuição de obras cinematográficas e televisivas com elementos de Macau 2023” tem um orçamento de 2,5 milhões de patacas. Cada projecto poderá receber, no máximo, 250 mil patacas.
Questionado na conferência de imprensa sobre os critérios para a concessão de subsídios e a eventual diminuição da liberdade criativa dos projectos, Hoi Kam Un afirmou apenas que as produções têm de ter elementos de Macau e “não podem prejudicar a segurança nacional ou violar as crenças locais”.
Na conferência de imprensa foi revelado também que os membros do Conselho Consultivo para o Desenvolvimento Cultural aprovaram os planos de subsídios, indicando que “vão fazer subir o estatuto do sector de Macau”. Por outro lado, os membros do conselho consultivo disseram não querer “que os projectos passem uma imagem negativa de Macau”.