O Centro de Estudos de Macau e o departamento de Economia da Universidade de Macau (UM) estimam que este ano o PIB de Macau registe um crescimento de 7,7%. A equipa de investigação diz ainda que a mediana dos salários da região deverá crescer 0,7%.
A economia de Macau deverá registar um crescimento de 7,7% este ano, estima o Centro de Estudos de Macau e o departamento de Economia da Universidade de Macau (UM), cujas previsões foram divulgadas ontem.
Além disso, os investigadores preveem ainda que o consumo privado aumente 3,1% e que as exportações subam 7,6%. Os preços no consumidor deverão aumentar em 1,5%. Por outro lado, é esperado que a mediana dos salários da região aumente 0,7% e que a taxa de desemprego global suba ligeiramente para os 1,8% – actualmente, a taxa de desemprego está nos 1,7%.
Na nota enviada às redacções, o grupo assinala que “as perspectivas económicas globais enfrentam riscos de queda devido ao abrandamento significativo do crescimento económico da China e às incertezas provocadas pelas políticas económicas de vários países”.
O Centro de Estudos de Macau e o departamento de Economia da UM recordam também que, no primeiro trimestre do ano passado, “o ritmo de recuperação foi bom”, tendo o número total de visitantes atingido 8,88 milhões, o que representa um grande aumento de 79,4% em relação ao ano anterior. No entanto, no segundo trimestre de 2024, o ritmo de crescimento começou a abrandar. O número total de chegadas de visitantes foi de 7,84 milhões, um aumento de apenas 17,1% em relação ao ano anterior. No terceiro trimestre de 2024, o crescimento das chegadas de visitantes continuou a abrandar. O número total de chegadas de visitantes foi de 9,2 milhões, um aumento de apenas 11,1% em relação ao ano anterior.
Devido a este abrandamento, as exportações reais de serviços no terceiro trimestre de 2024 foram de 72 mil milhões de patacas, um aumento de 1,3% em relação ao ano anterior, das quais as despesas reais de não-residentes com o jogo foram de 42,9 mil milhões de patacas, um aumento de 11,2% em relação ao ano anterior; enquanto as despesas reais de não-residentes com o jogo foram de 20,1 mil milhões de patacas, um decréscimo de 14,5% em relação ao ano anterior.
Recorde-se que o Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê que a economia mundial irá registar um crescimento de 3,2% em 2024 e 2025. “De um modo geral, espera-se que o mundo mantenha um crescimento económico estável; no entanto, as incertezas provocadas pelas políticas económicas de vários países conduziram a riscos de queda para as perspectivas económicas globais”, assinalam os investigadores da UM, cujo comunicado explica que se prevê que a economia dos EUA cresça 2,2% em 2025, enquanto a economia da área do euro poderá crescer 1,2% em 2025.
O crescimento económico da China continental, por seu turno, “abrandou significativamente devido ao impacto negativo da mudança estrutural e à persistência de fracas expectativas, com uma taxa de crescimento de 4,6% no terceiro trimestre de 2024, e as futuras fricções comerciais com os EUA podem acrescentar mais incerteza à economia”. “O Governo Central chinês tentou impulsionar o consumo privado e o investimento através de políticas fiscais e financeiras mais proactivas. Esta evolução da procura externa e interna também abrandou o crescimento económico de Hong Kong, outro importante mercado de exportação de serviços de Macau, com uma taxa de crescimento de apenas 1,8% no terceiro trimestre de 2024”, lê-se na nota dos investigadores da UM.