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      Ella Lei pretende ver pressão dos professores reduzida

      A deputada operária questionou o Governo numa interpelação escrita onde revela preocupação com o pouco tempo que os professores têm tido para se adaptarem aos novos sistemas de avaliação, mais tecnológicos. “Muitos professores afirmaram não ter conhecimento das directrizes e faltavam detalhes específicos sobre a forma de as implementar”, notou.

       

      A deputada da Assembleia Legislativa (AL) Ella Lei redigiu uma interpelação escrita ao Governo de Macau onde se mostra particularmente preocupada com as pressões que os novos sistemas de avaliação e uso de software de comunicação estão a criar aos professores do território.

      Ella Lei considera que “leva tempo para os professores se adaptarem ao novo sistema de avaliação”. “É um desafio para eles reduzir o peso dos alunos, limitando o tempo para as tarefas e o número de testes, entre outras tarefas, e, ao mesmo tempo, manter a qualidade do seu trabalho”, considerou a deputada operária.

      A vice-presidente da Federação das Associações dos Operários de Maca (FAOM) questiona mesmo se a Direcção dos Serviços de Educação e de Desenvolvimento da Juventude (DSEDJ) tem feito trabalho de campo e descoberto como o sistema tem sido implementado e as dificuldades enfrentadas pelas escolas e professores nos últimos meses, levantando dúvidas se serão fornecidos mais recursos e apoio para assegurar a eficácia do sistema, minimizando ao mesmo tempo a pressão sobre os professores.

      Nos últimos anos, lembra a parlamentar, “é mais comum que os professores utilizem a Internet para ensinar e responder a mensagens de pais e alunos nos seus telemóveis”. O Governo tem vindo a introduzir directrizes sobre a utilização de software de comunicação para proteger o trabalho e o tempo de descanso dos professores, referiu ainda. “No entanto, muitos professores afirmaram não ter conhecimento das directrizes e faltavam detalhes específicos sobre a forma de as implementar”, notou Ella Lei.

      Em Julho de 2020, o Governo anunciou o Sistema de avaliação do desempenho dos alunos da educação regular do regime escolar local. A ideia teve como objectivo desenvolver as diversas capacidades dos estudantes, de suprir as diferenças de aprendizagem e de promover o sucesso da aprendizagem dos estudantes através da implementação de múltiplas avaliações.

      Muito embora o sistema esteja em construção há algum tempo e a formação do pessoal docente tenha sido lançada, o sistema acaba de ser implementado e muitas escolas e professores ainda precisam de se adaptar a ele, afirmou ainda Ella Lei.

      A operária, eleita por sufrágio directo, dá um exemplo. “O sistema prevê quatro tipos de avaliação: avaliação formativa, avaliação sumativa, avaliação especial e avaliação de validação, mas declara explicitamente que a avaliação deve ser uma combinação de avaliação formativa e sumativa, e que a avaliação formativa deve ser o foco principal”.

      Esta é uma mudança significativa em relação à prática anterior de muitas escolas para se concentrarem na avaliação sumativa, refere ainda na mesma interpelação escrita dirigida ao Executivo liderado por Ho Iat Seng. “Alguns professores reflectiram que o novo sistema constituía um desafio em termos de como assegurar um ensino e uma aprendizagem de qualidade, ao mesmo tempo que se adaptava às diferentes capacidades de aprendizagem dos estudantes, e de como assegurar uma avaliação justa ao mesmo tempo que adaptava o ensino às capacidades dos estudantes. Por outro lado, a proporção de avaliações formativas e sumativas precisa de ser trabalhada e revista. Todos eles esperam que o Governo forneça mais apoio para permitir aos professores compreenderem melhor os critérios de avaliações múltiplas e reduzir a pressão da reforma da avaliação”, rematou, assumindo que a DSEDJ deveria fornecer mais apoio aos professores para que possam dedicar-se ao ensino e ao desenvolvimento dos estudantes.

       

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