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      Empresas tecnológicas certificadas pelo Governo geram rendimento anual de três mil milhões de patacas

       

      As autoridades lançaram no ano passado o programa de certificação de empresas tecnológicas, tendo sido atribuída a certificação de qualificação a 33 empresas tecnológicas locais. O volume de negócios anual dessas empresas foi superior a três mil milhões de patacas. Os Serviços de Economia e Desenvolvimento Tecnológico revelaram ainda que ajudaram 1.600 empresas com a actualização digital, enquanto o Fundo para o Desenvolvimento das Ciências e da Tecnologia disse ter subsidiado 139 projectos de cooperação indústria-universidade-investigação.

       

       

      Um total de 33 empresas tecnológicas locais já aderiram ao programa de certificação do Governo e obtiveram a certificação oficial. O referido programa foi lançado no ano passado pela Direcção dos Serviços de Economia e Desenvolvimento Tecnológico (DSEDT), segundo a qual, as empresas reconhecidas pertencem a ramos de actividades como o circuito integrado, as tecnologias de informação, a inteligência artificial e a medicina chinesa.

      “As 33 empresas tecnológicas empregam actualmente cerca de 1.300 trabalhadores no total, e representam um volume de negócios anual superior a três mil milhões de patacas”, indicou ontem Pong Kai Fu, subdirector da DSEDT, no programa Fórum Macau da TDM.

      Recorde-se que o programa visa identificar empresas tecnológicas locais qualificadas e impulsioná-las a expandirem as suas actividades com diversas medidas de apoio.

      O porta-voz do organismo salientou ainda a procura crescente de quadros qualificados na área tecnológica. “Com o desenvolvimento da indústria tecnológica em Macau, bem como a utilização de mais tecnologia nas indústrias tradicionais, a procura de talentos com conhecimentos de tecnologia deverá aumentar”, indicou.

      Pong acrescentou que a tendência em Macau é as instituições de ensino superior oferecerem cada vez mais programas da área tecnológica, dizendo acreditar que os alunos poderão “obter oportunidades de emprego” com o aumento da sua competitividade.

      Para além disso, a DSEDT sublinhou ter lançado, pelo quarto ano consecutivo, o plano de actualização digital destinada às Pequenas e Médias Empresas como da restauração e do retalho, tendo apoiado na actualização a mais de mais de 1.600 empresas tradicionais.

      O Fundo para o Desenvolvimento das Ciências e da Tecnologia (FDCT), por outro lado, criou em 2023 o sistema de apoio às empresas para Investigação e Desenvolvimento, o que “estimulou significativamente” o desenvolvimento das actividades de investigação das empresas tecnológicas.

      No ano transacto, o número de projectos aprovados para empresas cresceu 44% em comparação com o ano anterior, e o montante atribuído aumentou quase três vezes, resultando num investimento superior a 32 milhões de patacas por parte das empresas. Até Outubro deste ano, o número de pedidos apresentados por empresas superou em 28% o total do ano passado.

      Segundo Ip Kuai Lam, membro do Conselho de Administração do FDCT, o Fundo Financiou ainda 139 projectos de Investigação e Desenvolvimento em cooperação indústria-universidade-investigação, desde 2021 a Outubro deste ano, considerando que “a transferência de resultados da Indústria-Universidade-Investigação tornou-se cada vez mais activas”.

      Há ainda 19 projectos que receberam o apoio do FDCT para concretizar projectos de investigação em Macau e transformação em Hengqin, entre 2021 e Outubro deste ano, dos quais 8 são “projetos prioritários” classificados pelo Governo, que abrangem áreas como design de chips, biomateriais, IoT em energia e células-tronco.

      Ip Kuai Lam, no programa da Rádio, destacou que a maioria dos resultados da investigação científica das diversas instituições são teorias e precisam de tempo para ensaios e pôr em prática os resultados.

      “O tempo necessário para a transformação dos resultados varia consoante as indústrias, dois a três anos no caso das tecnologias da informação, e pelo menos dez anos no caso dos produtos farmacêuticos”, observou o responsável. No entanto, disse que o potencial dos projectos é “enorme”, dando o exemplo de que um produto farmacêutico possa atingir um valor no mercado de milhares de milhões de patacas, se for comercializado com sucesso.