O número de mulheres que sofre de problemas de ‘stress’ está a aumentar. Só este ano, a Associação Geral das Mulheres de Macau recebeu 400 pedidos de ajuda, o que reflecte um aumento de 5% face ao mesmo período do ano passado. Os principais factores de ‘stress’ estão relacionados com a família e o trabalho.
A população feminina de Macau tem sentido mais ‘stress’, indica a Associação Geral das Mulheres de Macau. Segundo um relatório de trabalho, o número de mulheres que procurou os serviços da associação para procurar apoio psicológico tem vindo a crescer ao longo dos últimos anos.
Só este ano, até agora, a organização já recebeu 400 pedidos de apoio psicológico, o que representa um aumento de cerca de 5% face ao mesmo período do ano passado. A associação diz ainda que a maioria dos casos de ‘stress’ são provocados por questões familiares ou relacionados com trabalho.
Ivan Sou, director do Centro de Psicoterapia da Associação Geral das Mulheres de Macau, afirmou, citado pela Rádio Macau em língua chinesa, que o número de mulheres que procuram ajuda para o ‘stress’ psicológico tem aumentado ligeiramente todos os anos, e a proporção entre homens e mulheres é normalmente de três para sete, com 30% de homens e 70% de mulheres.
Além disso, o número de consultas tem vindo também a aumentar. Em 2021, realizaram-se 1.700 consultas, em 2022 foram 2.400, no ano passado 3.000, e este ano, até Outubro, já se foram feitas cerca de 2.100.
O responsável disse ainda que os casos graves são encaminhados para o Centro Hospitalar Conde de São Januário para acompanhamento. O director do centro apelou às pessoas necessitadas para procurarem assistência profissional.
A associação criou o Centro de Psicoterapia em 2012 e, até à data, proporcionou mais de 38.000 consultas de psicoterapia aos residentes. Ao mesmo tempo, a associação tem vindo a colaborar com vários sectores da comunidade para realizar actividades de promoção e popularização da saúde mental, com mais de 1.000 promoções comunitárias e 50.000 presenças. A associação organizou recentemente um “Carnaval da Saúde Mental Comunitária”, numa tentativa de sensibilizar o público para a saúde mental.
Recentemente, a Associação de Saúde Mental de Hong Kong e Macau e a Faculdade de Medicina da Universidade de Ciência e Tecnologia de Macau (MUST) também partilharam os resultados de um inquérito referente à situação da saúde mental na comunidade, que revelava que os residentes locais apresentam um risco elevado de depressão e ansiedade, com uma taxa de risco destas perturbações até 27% e 19%, respectivamente. Ou seja, um em quatro residentes locais tem tendência de sofrer de depressão, e um em cinco poderá sofrer de transtornos de ansiedade.