UMA VIDA LUMINOSA
Catarina Sobral
Irrequieta, Madalena Perdigão
Tinta da China/CAM-Gulbenkian
Chegou às livrarias o primeiro volume de Heroínas das Artes, uma colecção de livros ilustrados e pensados para os mais novos, dedicados a mulheres ligadas às artes. A iniciativa é uma parceria entre a Tinta da China e o Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian. A escolha de Madalena Perdigão para primeira protagonista faz, portanto, todo o sentido, tendo em conta a relação que manteve com a própria Gulbenkian.
A vida de Madalena Perdigão conta-se num jogo entre imagens e texto, com a vertente visual a assumir o protagonismo. As ilustrações, por vezes atravessadas por uma ou outra sequência em banda desenhada, vão dialogando com um texto mínimo e registando os momentos essenciais desta história e o modo como a autora escolheu contá-la. A direcção do Serviço de Música da Gulbenkian, a criação da Orquestra, do Coro e do Ballet Gulbenkian ou a modernização do ensino artístico em Portugal são bons exemplos desses momentos, fundamentais na vida da protagonista e também na do país, mas sobretudo fundamentais para uma narrativa que progride através do entusiasmo, da vontade de criar, construir, desafiar e mudar, tudo gestos e modos de agir que ganham fôlego nas imagens, na expressão fisionómica da protagonista, mas também nos espaços e projectos que ocupam as páginas como quem ocupa as ruas e que mostram essa dinâmica. A vida de Madalena Perdigão é rica que chegue para vários livros, mas a forma como Catarina Sobral escolheu contá-la faz deste um livro luminoso, capaz de contagiar quem o lê, independentemente da idade.
A LIBERDADE TAMBÉM SE ESCUTA
VVAA
A Liberdade Não Cabe no Poema
Boca/Município da Sertã
Ainda no âmbito das comemorações dos 50 anos do 25 de Abril, a Boca, editora de áudio-livros, junta-se ao Município da Sertã para criar este objecto duplo: um livro para ler/ver, mas também para escutar. Nas páginas impressas, há um conjunto de poemas que se ligam pelo vasto tema da liberdade: Sophia de Mello Breyner Andresen, Mário Dionísio, Natália Correia, mas também José Afonso ou José Mário Branco e ainda vários poetas contemporâneos como Margarida Vale de Gato ou Luís Quintais. Com ilustrações de Mantraste, os poemas vão surgindo numa paginação cuidada e criando diálogos entre texto e imagem por onde passam aberturas possíveis para uma reflexão sobre a herança da democracia. Para sair do papel, é preciso usar um QRCode que dá acesso à vertente sonora desta edição e aí podemos escutar estes poemas lidos por vários adolescentes, herdeiros e herdeiras de Abril que assim reclamam a sua parte nesta transmissão de valores, não deixando por discutir o que fizemos e o que ainda precisamos de fazer.
Lucie Lučanská
Dentro da Tenda
Planeta Tangerina
Tradução de Isabel Minhós Martins e Rosa Churcher Clarke
Kristin Roskifte
Todos Viajam
Lilliput
Tradução de João Reis
Jordan Scott
O Jardim da Minha Avó
Fábula
Tradução de Susana Cardoso Ferreira
Mariana Jones e Joana Gancho
O Avô Rui – O senhor do café
Dom Quixote