Apesar de a fuga de água nos tubos da rede de abastecimento ser um fenómeno inevitável, a Direcção dos Serviços de Assuntos Marítimos e de Água disse ter-se dedicado ao controlo da situação e conseguiu reduzira taxa média de fuga, estando a aproximar-se das metas do Programa de Poupança de Água. As autoridades garantem ainda que o consumo diário de água por parte dos residentes manteve-se baixo, sendo um valor “de liderança quando comparado com as regiões vizinhas”.
O problema de fuga de água nas redes públicas de abastecimento de Macau está a ser melhorado. A Direcção dos Serviços de Assuntos Marítimos e de Água (DSAMA) revelou que a taxa média de fuga nos últimos dez anos foi de cerca de 9%, comparativamente a 8,3% no ano passado, um valor cerca de 7% inferior em relação ao volume de perda nas regiões vizinhas.
Com o controlo das fugas de água, o organismo afirmou que, em relação às taxas, estão a ser gradualmente cumpridas as metas estabelecidas no Programa de Poupança de Água de Macau, onde está previsto um padrão de taxa de fuga em valor igual ou inferior a 8,5%.
Em resposta a uma interpelação escrita apresentada pelo deputado Lei Chan U, o director substituto da DSAMA, KuokKin, salientou que a concessionária de abastecimento de água de Macau, a pedido do Governo da RAEM, introduziu há vários anos tubos e acessórios extensíveis à rede de abastecimento, tendo como objectivo reduzir as fugas de água eventualmente causadas pelo assentamento do solo.
O responsável lembrou também que, para as redes de água nos edifícios, o Regulamento de Águas e de Drenagem de Águas Residuais de Macau estabelece um valor mínimo para fugas, para regular o diâmetro do tubo aquando da instalação nos prédios a construir ou nas novas construções. O regulamento estipula que o diâmetro do tubo deve ser determinado com base numa percentagem adicional, que é de 12%, no mínimo, sobre o volume de consumo de água projectado, de modo a assegurar a sua razoabilidade e segurança.
Recorde-se que o deputado Lei Chan U pediu mais atenção às infiltrações na rede de abastecimento de água, lembrando que o Governo lançou o Programa de Poupança de Água de Macau em meados de 2010, tendo definindo o rumo de desenvolvimento da construção de uma sociedade economizadora de água para os próximos 15 anos.
“O Programa refere que, até 2025, será construída uma cidade economizadora de água e que, até 2020, a taxa de fugas na rede de abastecimento será reduzida para 8,5%, mantendo-se depois, pelo menos, em 8,5%, ou menos”, sublinhou.
Lei Chan U alertou ainda que os recursos hídricos de Macau são “extremamente escassos” e o abastecimento de água bruta depende principalmente do interior da China. Apesar de admitir que a ocorrência de perdas na rede de abastecimento de água é um fenómeno inevitável, o deputado reiterou que os trabalhos de poupança de água e a respectiva sensibilização da sociedade são muito importantes.
Ao contrário da opinião de Lei Chan U, que apontou que “existe espaço para melhoria da taxa das fugas em Macau em comparação com os países avançados”, as autoridades apontaram que o volume de fuga de água é de cerca de 15% nas regiões vizinhas, enquanto Macau registou 8,3%.
“Ao longo dos anos, a DSAMA tem vindo a reforçar a divulgação de informações sobre a poupança de água, a optimizar o mecanismo de tarifas, a expandir o uso da água pluvial, a reduzir as fugas nas redes de abastecimento, a reforçar a capacidade de resposta a emergências e a popularizar os dispositivos economizadores de água, tendo sido basicamente cumprida a maioria dos objectivos previstos no Programa de Poupança de Água de Macau”, assegurou o organismo.
Na mesma linha, a DSAMA adiantou ainda que o consumo diário de água per capita dos residentes em Macau manteve-senum nível relativamente baixo, com uma média diária de 160 litros per capita, sendo um valor “de liderança quando comparado com as regiões vizinhas”.