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      Conselho das Comunidades Macaenses quer organizar encontro em 2023 e já começou os preparativos

      O Conselho das Comunidades Macaenses realizou, na semana passada, uma assembleia-geral que culminou na reeleição de José Luís Sales Marques como presidente do conselho permanente e de Leonel Alves enquanto presidente do conselho geral. Na assembleia-geral, começaram a ser discutidos os preparativos para organizar o encontro das comunidades no próximo ano, depois de este ano não ter sido possível juntar os macaenses da diáspora devido às restrições fronteiriças impostas em Macau.

       

      Realizou-se no passado dia 15 de Novembro uma assembleia-geral do Conselho das Comunidades Macaenses. Na ocasião, os macaenses decidiram reconduzir José Luís Sales Marques no cargo de presidente do conselho permanente e de Leonel Alves enquanto presidente do conselho geral. Sales Marques é presidente do conselho permanente do Conselho das Comunidades Macaenses há quase dez anos, foi eleito pela primeira vez em Dezembro de 2013.

      Ao PONTO FINAL, o economista explicou que as prioridades para o próximo ano são a realização do encontro dos macaenses – um encontro que acontece de três em três anos e que se devia ter realizado este ano, no entanto, devido às restrições fronteiriças impostas no território, não se realizou.

      Na assembleia-geral, os macaenses definiram prioridades para o próximo ano e uma delas é, precisamente, a organização do encontro de macaenses em Macau. “Esperemos que as condições venham a permitir isso”, disse, lembrando que o evento só será possível com apoio do Governo. “Estamos em crer que o Governo nos vai continuar a apoiar neste grande desiderato que é realizar o encontro de macaenses em Macau”, afirmou.

      Quanto às restrições de entrada no território, Sales Marques assinalou que o Conselho das Comunidades Macaenses irá cumprir as regras em vigor na altura da realização do encontro, que costuma acontecer no mês de Novembro. No entanto, o responsável admitiu que o prolongamento das quarentenas poderá desencorajar a participação dos macaenses da diáspora.

      “O principal objectivo dos encontros é dar a conhecer aos macaenses residentes fora de Macau a realidade actual da RAEM, terra que lhes serviu de berço. Além disso, são ocasiões que lhes permitem rever os seus parentes e amigos aqui residentes ou que estão noutros países em que emigraram”, pode ler-se no site do Conselho das Comunidades.

      O último encontro aconteceu em 2019. Na altura, participaram, no total, 1.313 convidados. Entre eles, houve 974 participantes provenientes da diáspora macaense.

       

      APOIOS PARA AS CASAS DE MACAU

       

      Outro dos assuntos discutidos na assembleia-geral foi o dos apoios às Casas de Macau espalhadas pelo mundo. Habitualmente, o Conselho das Comunidades Macaense canaliza uma parte do subsídio que recebe da Fundação Macau para as Casas de Macau espalhadas pelo mundo, para que estas possam organizar iniciativas de promoção do território e da comunidade. No entanto, dadas as dificuldades em obter apoios, este ano o conselho não os pôde distribuir.

      “Não temos, neste momento, possibilidade de alargar o nosso apoio às Casas de Macau, porque não há items dentro das provisões que a Fundação Macau tem para subsídios”, explicou Sales Marques. Por isso, o conselho vai insistir, ao longo do próximo ano, junto do Governo para que possam ser atribuídas verbas suficientes para serem também canalizadas para as Casas de Macau. “O Conselho das Comunidades não tem receitas próprias, portanto não tem capacidade financeira para fazer isso por si próprio”, lamentou.

      Existem, actualmente, 13 Casas de Macau espalhadas pelo mundo. “E elas podem ser úteis na promoção de Macau, obviamente”, sublinha o macaense, acrescentando: “As Casas de Macau acabam por ser um elemento de ligação muito importante entre Macau e as comunidades macaenses que vivem no exterior, muito importantes na preservação e divulgação da cultura de Macau e participam em actividades que são de promoção de Macau”.

      “O apoio que nós distribuíamos [às Casas de Macau] e que era proveniente da Fundação Macau era sobretudo para actividades, como cursos de língua chinesa, ou cursos de culinária, participações em feiras, actividades comunitárias”, apontou Sales Marques, concluindo que as Casas de Macau são um “instrumento de divulgação de Macau”. Fazem “uma promoção muito autêntica feita pelos filhos da terra”.