Numa interpelação escrita, o deputado e presidente da Aliança de Povo de Instituição de Macau, Si Ka Lon, apresentoupreocupações em relação ao vício na Internet dos jovens de Macau, perguntando ao Governo sobre a eficácia e os dados concretos relativos ao Programa-Piloto dos Serviços a prestar aos Jovens Anónimos e com o Vício pela Internet que foi lançado em 2014 peloInstituto de Acção Social (IAS). Além disso, o deputado também questionou o Executivo se Macau vai adoptar as medidas tomadas pelas autoridades da China Continental relativamente à imposição de um tempo limitado na Internet aos jovens, para reduzir os efeitos negativos causados pelo vício da Internet. No mesmo documento, o legislador quer saber também se o Governo de Macau vai tomar como referência as políticas de Singapura em relação ao estabelecimento de um organismo de serviços de tratamento dovício na Internet, a fim de proporcionar auxílio profissional aos jovens de Macau que sofrem deste tipo de problemas.
À medida que as novas tecnologias se tornam numa constante, o grau de dependência de telemóveis dos jovens de Macau aumenta. De acordo com o Estudo sobre a Situação Actual e as Causas de Dependência da Internet entre Jovens da Região Administrativa Especial de Macau divulgado pelo IAS, os adolescentes dos 13 aos 18 anos apresentam uma maior dependência da Internet, pelo que se pode constatar que há uma necessidade em fortalecer os trabalhos de prevenção de vício na Internet feitos pelo Governo.
O deputado mencionou ainda que a China tem publicado várias directrizes em relação ao combate ao vício dos adolescentes na Internet, estipulando que as empresas prestadoras de serviços de Internet apenas podem fornecer serviços de videojogos com duração de uma hora aos menores às sextas-feiras, fins de semana e feriados. As autoridades do interior da China ressalvaram que essas directrizes têm como objectivo proteger os jovens,orientando-os para o uso responsável e criando uma cultura positiva relativamente à Internet.
Na mesma interpelação, o deputado referiu que o governo de Singapura já tinha estabelecido um organismo direccionado à gestão do vício da Internet que proporciona aos seus cidadãos serviços profissionais de tratamento de vício e, em contrapartida, o deputado mostrou preocupações sobre as acções de promoção do Governo de Macau, falando na possibilidade de se lançar uma série de medidas concretas para ajudar os jovens anónimos e com vício na Internet no território.