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      Pouco mais de 10 mil pessoas não participaram na testagem em massa. 476 são residentes

      O Governo revelou ontem que a grande maioria das pessoas que não fizeram o teste de ácido nucleico são não-residentes ou turistas, que já nem se encontram no território. Dos 10.194 indivíduos que não cumpriram a obrigação, quase meio milhar são residentes. Os que se recusam a fazer o teste ainda terão uma oportunidade de, até às 9h de hoje, regularizar a situação, caso contrário arriscam a uma observação médica forçada de 14 dias.

      Os Serviços de Saúde revelaram ontem, na conferência de imprensa do Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus, que 10.194 pessoas não realizaram o teste de ácido nucleico obrigatório da testagem em massa decretada pelas autoridades locais. Apesar da grande maioria dessas pessoas serem não-residentes ou turistas – e por isso já se encontram fora de Macau -, ainda existem 476 residentes locais que não cumpriram o dever. “Criámos uma equipa dos serviços de proximidade para a realização de testes de ácido nucleico junto de pessoas em lares e na comunidade que tenham dificuldade em se deslocarem, mas há uma pequena parte da população que recusa fazer o teste. Vamos dar um prazo até às 9h de amanhã [hoje] para que façam o teste, caso contrário, a polícia irá ao domicílio dessas pessoas exigir que façam o teste, e se ainda assim não o quiserem fazer, serão colocados 14 dias em observação médica”, afirmou Tai Wa Hou, médico-adjunto da direcção do hospital público e responsável pelo programa de vacinação da RAEM.

      O mesmo responsável voltou a apelar à vacinação contra a Covid-19, lembrando que só assim se consegue atingir a barreira imunitária que todos anseiam. “Ainda falta muito para os 80% de vacinados. Estamos pouco acima dos 50% e isso é muito pouco. Temos de reforçar mais a necessidade de vacinação”, admitiu Tai Wa Hou.

      Leong Iek Hou deu uma achega ao que o colega referiu, defendendo que “como a taxa de vacinação em Macau é ainda baixa, só com um aumento é que o Governo pode pensar em alterar as medidas” em vigor. “Taiwan, Hong Kong e algumas partes da China continental são consideradas de médio risco, mas os outros países do mundo são de alto risco”, explicou a coordenadora do Centro de Prevenção e Controlo da Doença.

      As autoridades sanitárias também explicaram o porquê da mudança dos pacientes que estavam em observação médica no Golden Crown China Hotel para outros hotéis. “Mudámos, acima de tudo, para melhorar a situação psicológica dessas pessoas. 135 foram colocados no Sheraton e os restantes no Treasure Hotel. Agora vamos proceder à desinfecção completa do Golden Crown”, explicou o responsável pelo programa de vacinação da RAEM, que acrescentou que todos os hotéis têm estado a colaborar. “O Sheraton até disponibiliza termómetro em todos os quartos.”

      O Corpo de Polícia de Segurança Pública também revelou que, a partir de agora, vai ter agentes deslocados em cada um dos hotéis de quarentena, designados pelo Governo da RAEM, para fiscalizar se as medidas dos Serviços de Saúde estão a ser seguidas, caso contrário, “apresenta-se uma queixa ao Ministério Público para prosseguir com a investigação”.

      Dados relativos ao dia de ontem mostram que foram administradas até ao momento 667.489 doses de vacinas contra a Covid-19. 360.658 pessoas foram inoculadas, sendo que a primeira dose já foi administrada a 51.736 indivíduos e 308.922 pessoas estão totalmente imunizadas, com duas doses. Nas últimas 24h, ocorreram 14 notificações de eventos adversos (14 eventos adversos ligeiros e nenhum grave, tendo sido oito casos relacionados com aa vacina inactivada da chinesa Sinopharm e seis casos da vacina mRNA da germânica BioNTech). Desde o início do programa de vacinação em Macau que ocorreram 2.924 notificações de eventos adversos, tendo sido a sua maioria (2.916) considerados adversos ligeiros e apenas oito graves.