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      InícioPolíticaChefe do Executivo promete acção, mas alerta para "problemas estruturais da economia"

      Chefe do Executivo promete acção, mas alerta para “problemas estruturais da economia”

      Sam Hou Fai esteve ontem presente numa sessão de transmissão do espírito das “Duas Sessões” – as reuniões da Assembleia Popular Nacional (APN) e da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês (CCPPC), que se realizaram recentemente em Pequim. Na ocasião, o Chefe do Executivo prometeu transformar as orientações das autoridades centrais em “acções concretas”, mas avisou que há problemas económicos que persistem e afirmou mesmo que “as receitas financeiras do ano em curso podem não ser tão elevadas como se esperava”.

       

      Realizou-se ontem, na sede do Gabinete de Ligação do Governo Popular Central na RAEM, uma sessão de transmissão do espírito das “Duas Sessões” – as reuniões da Assembleia Popular Nacional (APN) e da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês (CCPPC), que se realizaram recentemente em Pequim. No discurso que proferiu na ocasião, o Chefe do Executivo garantiu: “Iremos transformar o espírito das ‘Duas Sessões’ em acções concretas, abrir incansavelmente novos horizontes de desenvolvimento para Macau no contexto de participação e apoio à modernização ao estilo chinês, contribuindo, assim, de maneira ainda mais significativa para a construção de um grande país e para a revitalização nacional”.

      Sam Hou Fai afirmou que, desde que tomou posse, em Dezembro do ano passado, o Governo “tem liderado os diversos sectores da sociedade na aprendizagem” e implementado o “espírito consagrado nos discursos importantes do senhor Presidente Xi durante a sua visita a Macau”.

      O Chefe do Executivo garantiu que será salvaguardada “com firmeza” a “soberania, a segurança e os interesses do desenvolvimento do país, consolidar a salvaguarda da segurança nacional e defender a paz e estabilidade sociais”. Será também implementada “plenamente” o princípio “Macau governada por patriotas” para “assegurar a realização bem-sucedida” das eleições legislativas que se realizam em Setembro.

      No âmbito da reforma da Administração Pública, Sam adiantou que serão criados “mecanismos de coordenação para resolver obstáculos na comunicação, na coordenação e o passa culpa entre serviços públicos”. O Chefe indicou também que o Executivo vai “reorganizar a sua estrutura funcional e reformar a gestão dos trabalhadores”.

      Sam Hou Fai também aproveitou para deixar algumas exigências aos trabalhadores da Função Pública, dizendo que devem ter “uma visão conjuntural, agir com espírito pragmático, noção de responsabilidade, solidariedade e integridade”. Segundo o líder do Governo, os funcionários públicos, em particular dirigentes de médio e alto nível, devem “equacionar a relação entre o bom desempenho das suas próprias funções e a inovação e reforma, liberalizar o pensamento e inovar com coragem”. Foi também sugerido que equacionem “a relação entre agir estritamente nos termos da lei e utilizar eficazmente o poder discricionário, e devem com firmeza, assegurar que não é permitida a omissão de agir de acordo com a lei”.

      Quanto ao desenvolvimento integrado de Macau e Hengqin, Sam Hou Fai prometeu “potenciar mais a liderança de Macau” e aumentar o investimento da RAEM. “Iremos proceder reformas arrojadas, exploração corajosa de oportunidades e avanços audaciosos”, referiu.

       

      AMBIENTE ECONÓMICO “COMPLEXO E VOLÁTIL”

       

      No discurso, Sam Hou Fai ressalvou que “o ambiente interno e externo do desenvolvimento económico de Macau é complexo e volátil, a economia global enfrenta factores de instabilidade e incerteza” e “os problemas estruturais da economia interna de Macau persistem”.

      O Chefe do Executivo disse mesmo que a dinâmica de recuperação pós-pandemia “tem abrandado” e “as receitas financeiras do ano em curso podem não ser tão elevadas como se esperava, pelo que é necessário estudar prudentemente a situação económica futura”.

      Ainda assim, garantiu, “o Governo aumentará o investimento, optimizará o ambiente empresarial e acelerará o cultivo e o desenvolvimento de indústrias emergentes diversificadas”. Além disso, reforçará “a coordenação e implementará eficazmente o plano do desenvolvimento da diversificação adequada da economia” e “aplicará uma abordagem global para apoiar as pequenas e médias empresas e reforçar a vitalidade económica da comunidade”.

      Sam reiterou que “o bem-estar da população é uma prioridade absoluta”, prometendo apoios para idosos, jovens, pessoas com deficiência e grupos desfavorecidos.

      Por fim, o Chefe frisou que serão intensificados os esforços para a cooperação com o interior da China, bem como na expansão para os mercados do Sudeste Asiático, do Sul da Ásia e do Nordeste Asiático e na cooperação e intercâmbio com os países de língua portuguesa e espanhola. O objectivo é que Macau seja uma “plataforma de abertura ao exterior de qualidade mais elevada”, e “uma janela importante para o intercâmbio e a compreensão mútua entre as civilizações chinesa e ocidental”, concluiu Sam Hou Fai.