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      Leonel Alves destaca Rocha Vieira como “figura que fica marcada para a história de Macau”

      Leonel Alves recordou ontem Rocha Vieira como uma figura que ficará marcada na história de Macau. Em declarações ao PONTO FINAL, o advogado referiu ainda que a população guardará “boa memória” do trabalho daquele que foi o último governador de Macau.

       

      “É com pesar que recebemos a notícia de falecimento do General Vasco Rocha Vieira, figura que fica marcada para a história de Macau, como o último Governador da Administração que antecedeu à transferência da soberania”, começou por dizer Leonel Alves ao PONTO FINAL, reagindo assim à notícia da morte do antigo governador de Macau.

      “Como sinal do trabalho relevante que prestou, fica registado para a História que o representante do Estado Português, depois de 1999, continuou a ser bem recebido na RAEM, por todos os chefes do Executivo”, disse Leonel Alves, salientando ainda que a população irá guardar “boa memória desta ilustre personalidade”.

      Em Portugal, as reacções à morte do antigo governador continuaram ontem, com várias figuras da política portuguesa a juntarem-se a tantas outras para se pronunciarem sobre Rocha Vieira. O ministro da Defesa Nacional, Nuno Melo, recordou o tenente-general Vasco Rocha Vieira como uma “figura fundamental na história da segunda metade do século XX português”, considerando que o antigo chefe militar deve ser “considerado e honrado”. “O senhor General Rocha Vieira foi uma figura fundamental na história da segunda metade do século XX português, no plano militar e no plano político”, lê-se numa nota emitida pelo Ministério da Defesa Nacional, Nuno Melo, publicada pela Lusa.

      No texto, é referido que Rocha Vieira foi Chefe do Estado-Maior do Exército, ministro da República nos Açores e o último Governador de Macau, sob a Administração Portuguesa. “Todos recordamos a imagem icónica e patriótica de colocar a Bandeira de Portugal sobre o coração após esta ter sido arreada em Macau”, é recordado pela tutela.

      Nuno Melo enaltece também o “papel importantíssimo” do general “na recondução das Forças Armadas à tutela civil e através disso, na consolidação do próprio regime democrático”. “Reconhecido dentro e fora de fronteiras, com inúmeras distinções – Ordens Portuguesas, Medalhas militares, Medalhas civis e Ordens estrangeiras – deve ser considerado e honrado pelo Exército, pelas Forças Armadas e pelo Estado. Neste momento de dor, o Ministro da Defesa Nacional apresenta sentidos pêsames à família”, remata a nota.

      O primeiro-ministro, Luís Montenegro, recordou Rocha Vieira como “um dos mais brilhantes militares a dar corpo ao sentido patriótico de ser português”, destacando a sua ligação “histórica e marcante e Macau”. “O general Vasco Rocha Vieira foi um dos mais brilhantes militares a dar corpo ao sentido patriótico de ser português, com especiais serviços na consolidação da nossa democracia e na ligação histórica e marcante a Macau, onde foi o último governador”, escreveu Luís Montenegro, numa publicação na rede social X.

      O primeiro-ministro apresentou ainda condolências à família e amigos e disse guardar de Rocha Vieira “gestos de amabilidade e palavras de responsabilidade cívica e política”.

      O representante da República para os Açores, Pedro Catarino, manifestou “profunda tristeza” pela morte de Vasco Rocha Vieira, “português ilustre cuja integridade, dedicação à pátria e notável ação ficarão para a história”.

      Numa nota divulgada pelo gabinete do representante da República para os Açores, Pedro Catarino recorda que o tenente-general desempenhou as funções de ministro da República para a Região Autónoma dos Açores de julho de 1986 a abril de 1991, tendo posteriormente durante mais de oito anos, exercido o cargo de governador de Macau até à transferência de poderes de Portugal para a China, em 20 de Dezembro de 1999. “Apresentamos à sua mulher e família a expressão da nossa simpatia e as nossas sinceras condolências”, lê-se ainda na nota.

      O velório decorreu ontem na Capela da Academia Militar, em Lisboa, e será retomado hoje, seguido de uma missa antes de almoço. Após as cerimónias em Lisboa, o cortejo seguirá para o Algarve, onde irá decorrer o funeral, no Cemitério Municipal de Lagoa.

       

      Ponto Final
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      Redacção do Ponto Final Macau