Os poluentes atmosféricos na Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau têm apresentado uma tendência de “queda contínua e significativa”. As conclusões são do relatório sobre a qualidade do ar de 2023, publicado ontem.
Foi publicado ontem o Relatório sobre a Qualidade do Ar de 2023 da área da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau, que indica que se tem registado um decréscimo significativo e contínuo dos poluentes atmosféricos.
“O relatório mostra que os poluentes atmosféricos, incluindo dióxido de enxofre, dióxido de azoto, monóxido de carbono, partículas PM10 e partículas PM2,5, apresentaram uma tendência de queda significativa e contínua”, lê-se na nota de imprensa divulgada pela Direcção dos Serviços de Protecção Ambiental (DSPA).
Segundo o relatório, os valores médios anuais de concentração de vários poluentes atmosféricos registados em 2023 caíram entre 17% e 86% em relação aos níveis de pico. Isto, segundo a DSPA, reflecte “a eficácia das medidas de redução de emissões implementadas por Guangdong, Hong Kong e Macau nos últimos anos, para melhorar a qualidade do ar na Região do Delta do Rio das Pérolas”. Por outro lado, os níveis de concentração de ozono nos últimos anos têm permanecido semelhantes, “indicando que a poluição fotoquímica na região ainda precisa de ser melhorada”.
A DSPA assinala que o Governo da RAEM tem “envidado esforços para melhorar a qualidade do ar”. No ano passado, foram publicadas as estratégias de descarbonização a longo prazo de Macau e o plano de promoção de veículos eléctricos. A implementação destes planos, diz a DSPA, “tem vindo a impulsionar diversas medidas relativas à emissão de gases de escape dos veículos, à promoção de eco-veículos e ao controlo de compostos orgânicos voláteis”.
A nota de imprensa diz ainda que o Governo da RAEHK pretende abater faseadamente 40 mil veículos comerciais a gasóleo da norma da Euro IV até 2027 através de um programa de apoio financeiro. Além disso, o Governo da região vizinha também planeia suspender os novos registos de veículos de serviço particular movidos a combustíveis e híbridos até 2035, bem como colocar em circulação, até ao final de 2027, cerca de 700 autocarros eléctricos e cerca de 3.000 táxis eléctricos, tomando várias medidas para promover a transformação ecológica dos veículos, com o objectivo de alcançar zero emissões de gases poluentes até 2050. “As medidas já estão a surtir efeitos, com o número de veículos eléctricos a aumentar significativamente de cerca de 14.000 em 2019 para mais de 102.000 em Setembro do corrente ano, uma subida de cerca de sete vezes em cinco anos”, destaca o comunicado.
Já o lado de Guangdong implementou o aviso do Departamento de Ecologia e Meio Ambiente da Província de Guangdong sobre a Implementação dos Requisitos de Monitorização de Emissões Fugitivas de Compostos Orgânicos Voláteis na Área da Fábrica, o aviso sobre o Fortalecimento do Controlo de Emissões de Compostos Orgânicos Voláteis durante o Armazenamento e Carregamento de Armazéns de Petróleo e Empresa Química de Petrificação, o aviso do Departamento de Ecologia e Meio Ambiente da Província de Guangdong sobre o Reforço Adicional da Redução de Emissões de Óxidos de Nitrogénio de Fontes Fixa e Móvel e o aviso sobre o Fortalecimento da Supervisão Ambiental de Camiões Movidos a Gasóleo nas Principais Empresas de Uso de Veículos.
Publicou também a norma local padrão de Emissões Abrangentes para Compostos Orgânicos Voláteis de Fontes Fixas de Poluição, realizou a gestão hierárquica empresarial relacionada com compostos orgânicos voláteis, reforçou a gestão da quantidade total de compostos orgânicos voláteis, e promoveu o controlo das caldeiras e dos fornos industriais, por exemplo.
