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      Joe Biden diz que o futuro do mundo está em África e Angola

      Joe Biden está de visita a Angola, onde disse que os Estados Unidos estão com o continente africano. João Lourenço, Presidente angolano, disse que quer mais cooperação com EUA na área da defesa e segurança.

      O Presidente norte-americano, Joe Biden, disse que o futuro do mundo está em Angola e em África e que os Estados Unidos estão totalmente com este continente.

      Joe Biden fez as declarações ontem num encontro com o seu homólogo angolano, João Lourenço, declarando-se “orgulhoso” por ser o primeiro Presidente dos Estados Unidos da América (EUA) a visitar Angola e pelo que têm feito juntos para “transformar a parceria”.

      “Há muito que podemos fazer, há muito que podemos fazer. Os resultados, até agora, falam por si mesmos”, disse Biden a João Lourenço, agradecendo a hospitalidade.

      Joe Biden abordou os investimentos norte-americanos em Angola, desde o corredor do Lobito aos projectos de energia solar e infraestruturas de internet e telecomunicações.

      Falou também sobre os investimentos para aumentar produção agrícola, “para que Angola possa alimentar-se” e também ao resto do mundo, considerando o setor como “uma boa oportunidade” para a economia angolana.

      Os Estados Unidos, afirmou, estão “totalmente com África” e com Angola, assinalando que a sua administração já investiu três mil milhões de dólares (cerca de 2,85 mil milhões de euros à cotação actual) em Angola até agora.

      “O futuro do mundo está aqui, em África, em Angola”, destacou, afirmando que faz também parte das suas prioridades em Angola discutir como se garante a democracia para as pessoas, salientando o empenho de João Lourenço nesta área.

      Joe Biden afirmou que os Estados Unidos não têm todas as respostas por serem maiores ou mais fortes, e estão prontos para ouvir quais são as necessidades de Angola, em particular no que diz respeito ao financiamento internacional.

      “E eu digo do fundo do meu coração, o futuro do mundo é em África”, declarou, considerando que este será em 20 anos a maior economia do mundo.

      “Quanto mais bem sucedidos vocês forem, mais bem sucedidos nós seremos e mais bem sucedido será o mundo”, concluiu o chefe de Estado norte-americano.

      Joe Biden, que chegou a Luanda ao final de segunda-feira, na primeira visita de um chefe de Estado norte-americano ao país, além de se reunir, em Luanda, com o seu homólogo angolano, João Lourenço, discursa no Museu da Escravatura.

      O Presidente cessante dos Estados Unidos segue quarta-feira para o Lobito, cidade que vai acolher uma cimeira internacional sobre o Corredor do Lobito, infraestrutura que conta com investimentos significativos dos Estados Unidos e da União Europeia, e que vai permitir a ligação do porto da cidade angolana à República Democrática do Congo e à Zâmbia, num projecto que permitirá o escoamento de minérios e outros recursos através do Atlântico.

      O Presidente angolano, João Lourenço, disse que quer reforçar a cooperação com os Estados Unidos no sector da Defesa e Segurança e atrair mais investimento directo americano para Angola.

      João Lourenço falou no Palácio Presidencial, em Luanda, durante um encontro com o seu homólogo norte-americano, Joe Biden, o primeiro Presidente daquele país a visitar Angola.

      “[Os dois países mantêm relações político diplomáticas desde 19 de Maio de 1993], que têm vindo a crescer ano após ano, sobretudo desde que em Angola demos início ao combate sério contra a corrupção e a impunidade e estamos a criar um melhor ambiente de negócios”, destacou.

      João Lourenço lembrou que, anteriormente, já o Presidente angolano José Eduardo dos Santos tinha sido recebido na Casa Branca por George Bush e Bill Clinton, e agradeceu a Biden a “forma muito amistosa e calorosa” como foi recebido também no ano passado.

      Assinalando que a vinda de Biden acontece em vésperas de Angola celebrar 50 anos da sua independência, João Lourenço afirmou que esta visita inédita “enterra um passado” das relações dos dois países na Guerra Fria em que “nem sempre” estiveram alinhados, sendo “um importante ponto de viragem”.

      “Pretendemos trabalhar juntos na atracção do investimento directo americano para Angola, na abertura de oportunidades de comércio e de negócios de investidores angolanos no mercado americano”, sublinhou o chefe do executivo angolano.

      João Lourenço pretende, nomeadamente, incrementar a cooperação no sector da Defesa e Segurança, com mais treino militar em Angola, mais exercícios militares conjuntos, cooperação nos programas de segurança marítima para a protecção do Golfo da Guiné e do Atlântico Sul, e no programa de reequipamento e modernização das Forças Armadas Angolanas.

      O Presidente angolano falou igualmente sobre os projectos de investimento público apoiados por entidades financeiras norte-americanas, com empresas como a SUN África, a Africell, a Mayfair Energy, a Acrow Bridge, a GATES Air, bem como das empresas petrolíferas, e a Amer-Con, na construção de silos de grãos e pontos de recolha em plataformas e parques ao longo do Corredor do Lobito e de outros pontos considerados potenciais celeiros do país.

      “A vossa visão e engajamento para o sucesso do Corredor do Lobito, assim como a vossa grande contribuição para o nosso programa de transição energética, com a construção dos parques solares no sul de Angola, serão sempre lembrados como sendo um grande contributo para a segurança alimentar e energética, para o desenvolvimento económico e social de Angola e da região austral de África”, disse a Joe Biden durante o encontro no Palácio Presidencial.

      O chefe de Estado angolano apelou ainda aos investidores norte-americanos para se envolverem na construção das linhas de transporte de energia em alta tensão no regime de parcerias público-privadas para os países da África Austral, nomeadamente para a região do “Copperbelt” na Zâmbia e República Democrática do Congo, assim como para a Namíbia.

      Angola, continuou, tem beneficiado também de apoios norte-americanos na área da saúde, com programas de combate à malária, à tuberculose, ao VIH-SIDA, à covid-19, e da tecnologia espacial e adquiriu seis aviões Boeing787 Dreamliner, cujas primeiras entregas estão previstas para início de 2025.

       

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      Redacção do Ponto Final Macau