Os EUA pretendem que o chefe da diplomacia norte-americana retome a visita à China, suspensa em Fevereiro, e estão a “discutir activamente” com Pequim a visita de dois ministros para realizar um diálogo económico, adiantou fonte da Casa Branca.
John Kirby, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da presidência norte-americana, explicou ontem que a secretária das Finanças, Janet Yellen, e a secretária do Comércio, Gina Raimondo, esperam visitar a China para “discutir questões económicas”.
O chefe da diplomacia norte-americana, Antony Blinken, cancelou em Fevereiro, ‘em cima da hora’, uma viagem à China, após a descoberta de um balão chinês a sobrevoar território norte-americano, e que, segundo Washington, estava a realizar operações de espionagem. “Esta visita foi adiada, não cancelada”, garantiu ontem John Kirby, acrescentando que o Governo de Joe Biden pretende que Blinken “vá a Pequim”.
O chefe de Estado norte-americano, Joe Biden, tinha indicado recentemente que manteria um encontro com o seu homólogo chinês, mas este ainda não foi oficializado até ao momento, adiantou o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional.
As relações entre os EUA e a China passaram por um período de tensão durante o governo de Donald Trump (2017-2021), quando ambas as nações se envolveram numa guerra comercial com a imposição mútua de taxas. Estas tensões pareceram diminuir depois de uma reunião em novembro que Biden e Xi realizaram à margem do G20 em Bali, na qual concordaram em trabalhar juntos em algumas áreas, incluindo as alterações climáticas.
No entanto, as relações bilaterais voltaram a ‘azedar’ em fevereiro, depois dos EUA terem derrubado um alegado balão espião chinês que sobrevoava território norte-americano e que levou ao cancelamento da viagem de Blinken.