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      Economia de Macau será uma das mais beneficiadas com o fim das restrições na China

      Entre as economias da região Ásia-Pacífico, Macau irá ser das mais beneficiadas com o fim da política de zero casos na China, indicou um relatório da Fitch. Ainda assim, a agência de notação financeira diz que as limitações de recursos humanos e no tráfego aéreo poderão atrasar a recuperação plena da economia da região.

      Um relatório da Fitch Ratings indicou que Macau será uma das economias da região Ásia-Pacífico que mais beneficiará com o fim da política de zero casos da China. Entre as outras economias mais beneficiadas estão Hong Kong, Tailândia e Malásia, apontou a agência de notação financeira, citada pelo portal Macau News Agency (MNA).

      Apesar do optimismo, a Fitch avisou que as limitações no que toca à capacidade no tráfego aéreo, mão-de-obra e menor confiança dos consumidores no interior da China poderá adiar a recuperação total da economia da região.

      No relatório, citado pela MNA, os analistas da Fitch indicaram que já esperavam uma forte recuperação do sector do turismo na região Ásia-Pacífico, mas o fim generalizado das restrições de viagens na China faz com que as previsões sejam revistas em alta.

      “A China era um dos maiores mercados de fontes de turismo do mundo antes da pandemia, com despesas totais de turismo internacional na ordem dos 254,6 mil milhões de dólares americanos em 2019”, lembrou a agência no relatório, acrescentando que é de esperar o regresso dos turistas provenientes do interior da China “impulsionando as perspectivas de crescimento nas economias com sectores turísticos significativos”.

      “Continuamos a esperar uma lenta recuperação da capacidade de tráfego aéreo internacional da região Ásia Pacífico, uma vez que demorará tempo até que as companhias aéreas retomem as rotas – tanto dentro da China como dentro da região de forma mais ampla – que estavam anteriormente suspensas durante a pandemia”, ressalvaram os analistas da Fitch Rating.

      A Fitch assinalou que a escassez de pessoal nos sectores das viagens aéreas e do turismo também vai ter impacto na recuperação: “As limitações de capacidade e os elevados custos globais de energia contribuirão para os elevados preços das viagens, o que poderá diminuir ainda mais a procura turística. Além disso, o sentimento dos consumidores nas fases iniciais de reabertura da China poderá ser frágil”.

      Assim que foi levantada a política de zero casos na China, bem como as restrições de viagens, Macau voltou a receber visitantes do continente em grande número. Na semana dourada do Ano Novo Chinês – entre os dias 21 e 27 de Janeiro – Macau recebeu um total de 451 mil visitantes, ou seja, mais 297% do que no período do Ano Novo Chinês de 2022. Os hotéis voltaram a encher, com taxas de ocupação superiores a 80%, segundo dados da indústria. Por outro lado, mesmo antes do fim das restrições, a reserva financeira de Macau registou uma subida de 3,87 mil milhões de patacas em Novembro, o primeiro aumento após 10 meses consecutivo a perder valor.