A região administrativa especial da China está categorizada no Centro de Controlo e Prevenção de Doenças dos EUA como “desconhecida” no que refere à situação de Covid-19. Para as autoridades norte-americanas, os territórios inseridos neste nível “têm informações não confiáveis”, pelo que “o CDC desaconselha viagem para um local listado nesta categoria de risco”. “Se tiver mesmo de o fazer, certifique-se de estar em dia com as suas vacinas antes de viajar para o destino”, aconselha o organismo.
Desde Abril deste ano que Macau está classificado no nível “desconhecido” relativo à situação de Covid-19. A notação é dada pelo Centro de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla inglesa) do Governo dos Estados Unidos da América.
Dos 235 países ou regiões que as autoridades norte-americanas estão a monitorizar no momento, existe um total de 65 dentro deste tipo de classificação. O CDC norte-americano determina o nível “desconhecido” em determinado território quando os níveis de avisos sanitários de viagem contenham dados insuficientes, ou seja, isso significa que Macau “não fornece dados ou os dados fornecidos não são representativos da situação de Covid-19 no destino, dificultando uma determinação precisa do nível de infecção”.
Contudo, salvaguarda o CDC, “essa situação inclui destinos com baixa incidência de Covid-19 e baixos níveis de testes de Covid-19 relatados”. “Um território ‘desconhecido’ normalmente tem informações não confiáveis sobre a sua situação de Covid-19. O CDC desaconselha viagem para um local listado nesta categoria de risco. Se tiver mesmo de o fazer, certifique-se de estar em dia com as suas vacinas antes de viajar para o destino”, pode ainda ler-se na página na Internet do CDC.
As autoridades sanitárias norte-americanas aconselham mesmo o uso de “máscara bem ajustada em espaços públicos interiores” a todos cuja idade seja superior a dois anos e pede, igualmente, para que todos os indivíduos sigam os requisitos e recomendações decretadas pelo Governo local. De igual modo, o CDC insta para se “considere a realização de um teste de ácido nucleico o mais próximo possível da hora da viagem (não mais de 3 dias)” para Macau.
A entidade norte-americana categoriza os alertas de risco de Covid-19 em cinco níveis: “desconhecido”, “nível 1”, “nível 2”, nível 3” e “nível 4”, qua significa “casos extremos de infecção, surgimento de nova variante ou colapso de sistema de saúde”. Actualmente, não existe qualquer território no nível mais preocupante, mas no “nível 3” estão 130 territórios onde se incluem Portugal, Hong Kong, Rússia, Filipinas, França, Polónia, Suécia, Taiwan, Cabo Verde, Brasil ou Austrália”. Já no “nível 2”, considerado moderado, estão 20 destinos onde de destacam territórios como São Tomé e Príncipe, Indonésia, Índia, África do Sul ou Arábia Saudita. No nível mais baixo de perigosidade, o “nível 1” de Covid-19, há 25 territórios onde se incluem, por exemplo, Angola, Cuba, Egipto, China, Timor-Leste, Nigéria ou Serra Leoa.
Tal como Macau, estão em situação de “desconhecido” territórios como Guiné-Bissau, Vietname, Irão, Moçambique, Afeganistão, Venezuela, Camboja, Madagáscar, Coreia do Norte ou até mesmo as regiões autónomas portuguesas dos Açores e da Madeira.
Recorde-se que Macau tem sido um território poupado à pandemia de Covid-19. Contudo, no final do mês de Junho e durante todo o mês de Julho, o território chinês viu-se a braços com o pior surto local desde 2020, onde se contabilizaram 1821 infecções por SARS-CoV-2 – a maioria com casos assintomáticos – que resultaram em seis mortes. No total, desde o começo da pandemia Macau teve 2248 casos de Covid-19. Neste momento, a RAEM tem uma taxa de vacinação de 91% e quase 5000 pessoas já foram inoculadas com a quarta dose de reforço da vacina contra a doença.
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