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Segunda-feira, 11 de Dezembro, 2023
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      Taxa de vacinação entre idosos com mais de 70 anos não chega aos 15%

      São os jovens e os idosos que mais relutância têm em serem vacinados. Segundo dados apresentados ontem na conferência de imprensa das autoridades de saúde, a taxa de vacinação entre os jovens dos 12 aos 19 é de 20,43% e a dos idosos com mais de 70 anos não chega aos 15%. Tai Wa Hou, coordenador do plano de vacinação de Macau, voltou a dizer que só atingindo uma taxa de vacinação superior a 80% é que há “possibilidade de restabelecer contacto com outras regiões ou países”.

      As autoridades de saúde voltaram a apelar à vacinação da população. Na conferência de imprensa de ontem do Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus, foi apresentado um gráfico com as taxas de vacinação por faixa etária, deixando perceptível que são os jovens e os idosos que menos se têm vacinado.

      Entre os 12 e os 19 anos de idade, a taxa de vacinação é de 20,43%. Entre os idosos com mais de 70 anos, a taxa de vacinação é de 14,22%, sendo que a taxa na faixa etária dos 70 aos 79 anos é de 11,72% e na faixa dos maiores de 80 anos é de apenas 2,5%. A taxa de vacinação global está agora nos 43,5%, disse ontem Tai Wa Hou, coordenador do plano de vacinação de Macau.

      Depois de apelar a idosos e jovens para serem vacinados, Tai Wa Hou reiterou que a imunidade de grupo em Macau poder-se-á atingir quando mais de 80% da população estiver vacinada. “Com esta imunidade temos condições para abrir ao exterior; temos mais confiança para receber turistas de fora, de países ou regiões com a mesma taxa de vacinação”, afirmou o médico.

      “Só atingindo esta taxa é que temos possibilidade de restabelecer contacto entre pessoas e países”, disse, ressalvando que o plano não é estanque, porque outros países com uma alta taxa de vacinação “tentaram abrir ao exterior mas houve novos casos confirmados e a taxa de contágio aumentou”. Por isso, indicou, “precisamos de ver quais os países ou regiões com os quais podemos estabelecer contacto, isto merece análise, existem muitas condições e exigências”.

       

      AUTORIDADES REVELAM MAIS LOCAIS POR ONDE PASSOU A FAMÍLIA INFECTADA

      Na conferência de imprensa de ontem, as autoridades assinalaram que tomaram conhecimento de novos locais por onde andaram os pais da família que acabou por ficar infectada. Segundo Leong Iek Hou, coordenadora do Centro de Prevenção e Controlo da Doença, ambos estiveram, na parte da tarde, na sucursal do edifício Landmark do banco ICBC.

      Depois, no dia 29, estiveram, de manhã, no edifício da Administração Pública e, da parte da tarde, no edifício da Associação Geral das Mulheres de Macau, ambos na Rua do Campo. Leong Iek Hou aconselhou a quem esteve nos mesmos locais à mesma hora a entrarem em contacto com as autoridades.

      Leong Iek Hou explicou que só agora é que o casal se lembrou destes locais por onde passou e indicou que as autoridades de saúde vão contactar os funcionários do edifício da Administração Pública e da Associação Geral das Mulheres de Macau.

       

      OS TRABALHOS NAS ZONAS ISOLADAS

      Cheong Kuai Tat, representante do Instituto para os Assuntos Municipais (IAM), também esteve presente na conferência de imprensa para explicar os procedimentos levados a cabo pelo organismo quanto às pessoas em isolamento nos blocos de prédios junto à Rua da Emenda.

      O representante do IAM assinalou que, para entregar refeições e bens essenciais aos moradores dos edifícios desta zona vermelha, estão em funções 13 a 15 trabalhadores. Cheong Kuai Tat explicou que o almoço é entregue ao meio-dia e o jantar e o pequeno-almoço do dia seguinte são entregues pelas 18 horas. Além disso, os moradores podem pedir a familiares e amigos que lhes entreguem outros bens, os quais são entregues diariamente entre as 15h e as 17h.

      Surgiram críticas daqueles moradores dizendo que duas horas por dia para serem entregues os bens é escasso, no entanto, o responsável indicou que isso acontece para não interferir com o período em que se fazem os testes de ácido nucleico àqueles moradores, que é das 18h às 20h.

      Cheong Kuai Tat assumiu que o trabalho tem sido árduo para aqueles trabalhadores: “O trabalho é duro porque os trabalhadores precisam de subir e descer os prédios, têm de mudar três vezes de uniformes por dia porque ficam molhados”. “Todos compreendem o trabalho duro dos trabalhadores e, quanto às pessoas afectadas, nós também compreendemos o seu lado”, afirmou, acrescentando que a qualidade da comida foi recentemente melhorada.

      Lei Lai Peng, do Instituto de Acção Social (IAS), falou sobre o trabalho daquele organismo no que se refere à ajuda de idosos na realização dos testes de ácido nucleico. Segundo a responsável, foram auxiliados 2.900 pessoas, incluindo pessoas em lares.

      Quanto ao Centro de Acolhimento da Ilha Verde, que entrou em funcionamento na noite de 3 de Agosto, quando muitos trabalhadores não-residentes não conseguiram passar para o interior da China devido às medidas impostas pelo Governo, Lei Lai Peng apontou que terça-feira foram recebidos no centro 382 utentes, 71% dos quais residentes do interior da China.

       

      PRÓXIMOS DIAS SÃO CRUCIAIS

      Há uma semana, o Chefe do Executivo ordenou o encerramento de alguns locais de diversão, de forma a evitar a propagação do vírus em Macau. Assim, a partir de 5 de Agosto foram encerrados cinemas, teatros, parques de diversão em recintos fechados, salas de máquinas de diversão e jogos em vídeo, cibercafés, salas de jogos de bilhar e de bowling, estabelecimentos de saunas e de massagens, salões de beleza, ginásios, estabelecimentos de ‘healthclub’ e karaoke, bares, ‘nightclubs’, discotecas, salas de dança e cabaret.

      Ontem, na conferência de imprensa, as autoridades foram questionadas sobre quando é que iriam reabrir esses estabelecimentos. Tai Wa Hou salientou que esta e a próxima semana são “cruciais”. “Esta semana é muito importante e a próxima também para se saber se na sociedade existe ou não cadeia de contágio”, disse.