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      InícioEconomiaConfiança dos consumidores subiu apesar de pessimismo na economia local

      Confiança dos consumidores subiu apesar de pessimismo na economia local

      A confiança dos consumidores locais continua a ser positiva e registou um aumento ligeiro no quarto trimestre de 2024, avançou um inquérito realizado pela Universidade de Ciência e Tecnologia de Macau. Apesar de uma perspectiva optimista em geral, os residentes mostram-se menos confiantes em relação à economia local e aos investimentos em acções. A instituição alerta para “potenciais riscos” e “desafios” na economia da região.

       

      A Universidade de Ciência e Tecnologia de Macau actualizou a sondagem trimestral sobre a confiança dos consumidores e revelou um crescimento modesto do índice até ao final do ano passado. O índice de confiança dos consumidores manteve-se no nível positivo e registou um aumento de 2,55 pontos, ou 2,54%, em relação ao trimestre anterior, passando de 100,39 para 102,94 pontos.

      A pontuação referente ao quarto trimestre de 2024 corresponde ainda a um acréscimo muito ligeiro de 1,3% em comparação ao período homólogo do ano anterior. De maneira resumida, a média do índice da confiança dos consumidores do ano passado fixou-se em 100,63 pontos, valor mais elevado do que o de 2023, de 96,34 pontos. A avaliação do inquérito é calculada com uma escala de 0 a 200 pontos, sendo que 0 significa “nada confiante” e 200 significa “completamente confiante”, enquanto menos de 100 significa “não confiante”, e mais de 100 significa “confiante”.

      O inquérito foi realizado no mês passado e entrevistou 810 residentes de Macau com idade superior a 18 anos. A pesquisa divide a análise em seis subíndices, sendo que dois deles verificaram a descida.

      De acordo com a instituição de ensino superior, o subíndice da ‘Economia Local’ destacou-se com a diminuição de 3,13% em relação ao trimestre anterior, tendo reduzido de 107,23 para 103,87. O subíndice ‘Investimentos em Acções’ registou uma quebra de 2,2% em termos trimestrais, cifrando-se em 96,31 pontos.

      Os resultados da sondagem mostram, por outro lado, que a classificação do subíndice do ‘Nível de Preços’ atingiu 100,35 pontos, mais 6,83% do que no trimestre anterior (93,93). Os subíndices relativos a ‘Compra de Casas’ e ‘Padrão de Vida’ viram uma subida trimestral de 6,55% e 1,08%, respectivamente, para 97,86 e 108,53 pontos. Já o das ‘Condições de Emprego’ foi de 104,18, mais 0,68% do que no trimestre anterior (103,48).

      “Os seis subíndices que compõem o índice global apresentam um padrão de ‘quatro subidas e duas descidas’, reflectindo diferenças na confiança e nas expectativas dos consumidores entre sectores. A descida da confiança na economia local é particularmente preocupante e sugere que devemos estar atentos aos potenciais riscos e desafios da economia”, alertou a equipa da investigação.

      Recorde-se que, segundo a Universidade de Ciência e Tecnologia de Macau, o Índice de Confiança dos Consumidores é um indicador que quantifica a percepção subjectiva dos consumidores sobre a situação económica, servindo como uma referência para prever as tendências económicas e de consumo.

      No relatório divulgado na terça-feira, a instituição enfatizou ainda que, no quarto trimestre de 2024, a dinâmica do desenvolvimento económico global foi “fraca” e o desempenho económico das principais economias mostrou uma “tendência de divergência”, ao mesmo tempo, as políticas monetárias mudaram, em geral, para um ciclo de cortes nas taxas de juro.

      “A economia do interior da China manteve uma dinâmica global estável e constante, foram feitos progressos sólidos no desenvolvimento de alta qualidade, mas ainda precisa de enfrentar muitas dificuldades e desafios, como a falta de procura interna e elevada existência de riscos e perigos ocultos”, observou.

      Por sua vez, Macau “está a esforçar-se por promover uma economia diversificada” e “aprofundar a sua integração com Hengqin” e, neste caso, a confiança dos consumidores “será reforçada” à medida que a cidade se esforça por “concretizar uma visão de governação, vitalidade, prosperidade cultural e bem-estar” no futuro, afirmou a universidade.