Edição do dia

Quinta-feira, 23 de Janeiro, 2025
Cidade do Santo Nome de Deus de Macau
nuvens dispersas
18.9 ° C
18.9 °
18.9 °
88 %
2.1kmh
40 %
Qui
19 °
Sex
19 °
Sáb
19 °
Dom
17 °
Seg
16 °

Suplementos

PUB
PUB
Mais
    More
      InícioGrande ChinaXi Jinping apela ao uso do mandarim nas zonas fronteiriças da China

      Xi Jinping apela ao uso do mandarim nas zonas fronteiriças da China

      Em nome da “manutenção da segurança nacional” e da “estabilidade social”, Xi Jinping apelou ao uso do mandarim nas regiões fronteiriças da China. O Presidente chinês disse que é necessário orientar todos os grupos étnicos das regiões fronteiriças para que “reforcem continuamente o seu reconhecimento da nação e da cultura chinesa e do Partido Comunista”.

       

       

       

      O Presidente da China, Xi Jinping, apelou à generalização do uso do chinês mandarim nas regiões fronteiriças do país, visando a “manutenção da segurança nacional” e da “estabilidade social”, avançou ontem a imprensa estatal.

      Durante uma sessão de estudo do Politburo do Partido Comunista Chinês, na terça-feira, a cúpula do poder na China, Xi disse que manter a segurança e a estabilidade é o “requisito básico” para a governação das fronteiras, de acordo com a agência noticiosa oficial chinesa Xinhua.

      O líder chinês disse que devem ser feitos esforços para melhorar a governação social, as infraestruturas e “a capacidade geral de defender o país e salvaguardar as fronteiras”.

      Xi afirmou ainda que é necessário orientar todos os grupos étnicos das regiões fronteiriças para que “reforcem continuamente o seu reconhecimento da nação e da cultura chinesa e do Partido Comunista”.

      A utilização da língua chinesa comum, o mandarim, deve ser promovida nessas regiões e os manuais escolares unificados a nível nacional, apontou.

      “Devemos continuar a aprofundar os esforços em matéria de unidade étnica e progresso, construir ativamente uma estrutura social integrada e um ambiente comunitário e promover a unidade de todos os grupos étnicos – como sementes de romã firmemente unidas”, afirmou.

      Xi renovou estes apelos durante uma sessão de estudo do Politburo sobre a história da governação das fronteiras chinesas.

      A cúpula do poder na China realiza regularmente este tipo de sessões, sendo a discussão geralmente conduzida por um académico – esta foi conduzida por Li Guoqiang, vice-presidente da Academia Chinesa de História.

      As zonas fronteiriças da China estendem-se por cinco províncias – Yunnan (sudoeste), Gansu (noroeste) e Jilin, Liaoning e Heilongjiang (nordeste) – e por quatro regiões autónomas – Tibete e Xinjiang (oeste), Mongólia Interior (norte) e Guangxi (sul).

      As tensões étnicas nessas regiões autónomas, especialmente em Xinjiang e no Tibete, têm sido historicamente um desafio para Pequim.

      Em Agosto, as autoridades de Xinjiang prometeram fazer da estabilidade e da segurança a sua principal prioridade e transformar a região numa “barreira estratégica” contra riscos geopolíticos.

      Xinjiang faz fronteira com o Afeganistão, o Cazaquistão, o Tajiquistão e o Quirguizistão. A China é acusada de violações dos direitos humanos das minorias étnicas de origem muçulmana na região. Pequim nega as alegações.

      Nos últimos anos, as autoridades também intensificaram os esforços para promover o ensino do mandarim, no âmbito de um esforço nacional para assimilar membros das minorias étnicas à cultura dominante dos Han, a etnia predominante da China.

      Estes apelos têm sido controversos. Em 2020, os esforços para promover a utilização do mandarim em vez do mongol nas escolas da Mongólia Interior provocaram protestos de rua em grande escala devido ao receio de que a língua nativa fosse eliminada.

      “O desenvolvimento das zonas fronteiriças deve ser integrado na estratégia global de modernização ao estilo chinês, nas estratégias regionais de desenvolvimento coordenado e nas principais estratégias regionais”, afirmou Xi, de acordo com a Xinhua.

      O líder chinês também apelou aos esforços para apoiar as zonas fronteiriças a aproveitar os seus recursos e vantagens para alcançar o desenvolvimento. Xi pediu ainda a uma maior investigação multidisciplinar sobre a história e a governação das fronteiras e à aceleração dos esforços para criar um “sistema de conhecimento” chinês sobre estudos fronteiriços.

       

       

      Ponto Final
      Ponto Finalhttps://pontofinal-macau.com
      Redacção do Ponto Final Macau