Um estudo sobre a situação do trabalho, realizado pelo Ministério do Trabalho e Emprego do Brasil, apontou uma queda de 14,6% no índice de trabalho infantil no país em 2023, quando comparado ao ano anterior.
De acordo com o levantamento preliminar chamado “Diagnóstico Ligeiro do Trabalho Infantil – Brasil, por Unidades da Federação”, em 2022, 1,88 milhões de pessoas dos 5 aos 17 anos estavam em situação de trabalho infantil, número que caiu para 1,6 milhões em 2023.
O levantamento baseou-se nos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O coordenador nacional de Fiscalização do Trabalho Infantil do Ministério do Trabalho e Emprego brasileiro, Roberto Padilha Guimarães, ressaltou, num comunicado, que o cenário, apesar de apontar uma diminuição geral, ainda é preocupante. “Essa realidade exige que continuemos fortalecendo as políticas públicas de prevenção e combate ao trabalho infantil”, afirmou.
Os dados indicaram que houve redução do trabalho infantil em 23 dos 27 estados brasileiros, com destaque para o Amapá e o Rio Grande do Norte.
Minas Gerais e São Paulo, dois estados mais populosos do país sul-americano, lideram em números absolutos de crianças e adolescentes em trabalho infantil, com 213.928 e 197.470 pessoas nessa situação, respectivamente.
Nesses estados também se concentram 25% das crianças e adolescentes encontradas nas piores formas de trabalho infantil de todo o Brasil, de acordo com o relatório divulgado pelo Governo.