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      Wong Sio Chak quer mais apoio do interior da China para combater burlas e troca ilegal de dinheiro  

      As autoridades policiais de Macau admitem dificuldades em erradicar os crimes de burlas telefónicas e online devido às constantes mudanças no formato dos esquemas e à limitação geográfica para encontrar os criminosos. Num encontro com a delegação da Segurança Pública da China, Wong Sio Chak disse esperar que a polícia do Continente disponibilize uma maior troca de informações com a RAEM no âmbito do combate às burlas e aos câmbios ilegais.

       

      O secretário para a Segurança considera que é “premente” reforçar a cooperação com o interior da China no âmbito do combate às burlas, bem como aprofundar o intercâmbio de informações entre as partes para que a actividade de troca ilegal de dinheiro “seja combatida logo à partida”.

      O assunto foi abordado por Wong Sio Chak num encontro no território entre os representantes dos departamentos da área da Segurança de Macau e a delegação chefiada pelo vice-ministro da Segurança Pública do interior da China, Chen Siyuan, na passada quinta-feira. Na ocasião, foram discutidos os trabalhos sobre o reforço do combate às burlas com recurso a telecomunicações e internet e ao câmbio ilegal das moedas, que se realizam muitas vezes nas proximidades dos casinos.

      Wong Sio Chak, ao apresentar a situação de execução de lei em Macau, apontou que em Macau, tal como no interior da China ou em outras regiões, as burlas por meios de telecomunicação e internet “têm registado altas ocorrências” nos últimos anos, “tendo prejudicado gravemente” a segurança dos bens e os direitos e interesses da população.

      Apesar disso, “a polícia [de Macau] tem enfrentado muitas dificuldades no combate”, reconheceu o secretário. O governante salientou o facto de que as formas de actuação destes esquemas são constantemente alteradas pelos praticantes dos crimes e que a maioria dos criminosos se escondem no exterior para praticarem os crimes de forma transfronteiriça, o que o levou a pedir mais apoio policial da China Continental a Macau.

      “A polícia de Macau tem prestado alta atenção à questão das burlas com recurso a telecomunicações e internet, procurando, de forma contínua, aperfeiçoar o trabalho em três aspectos, a prevenção, a recuperação e o combate, bem como reforçando a cooperação policial, com os bancos e com o sector das telecomunicações do interior da China, de modo a garantir plenamente a segurança dos bens da população”, reiterou o Executivo.

      Na ocasião, Wong Sio Chak também assinalou que os crimes derivados da actividade de troca ilegal de dinheiro, incluindo homicídio, branqueamento de capitais, burla, roubo e furto, “têm-se tornado problemas de segurança com destaque em Macau”. Dessa forma, as autoridades de Macau desejam uma relação mais estreita com os órgãos de segurança pública para travar os câmbios ilegais.

       

      MAIS RAPIDEZ EM IMPEDIR TRANSACÇÕES DE CAPITAIS

       

      Por sua vez, o vice-ministro Chen Siyuan prometeu na reunião que os órgãos de segurança pública do interior da China “irão apoiar a polícia de Macau no combate, de forma empenhada, a estas actividades criminais”.

      O responsável propôs a melhoria dos canais de acção conjunta de emergência entre os dois locais em termos de detecção das burlas telefónicas e na internet, bem como agilizando os procedimentos da suspensão de pagamento às contas envolvidas, e o congelamento e reembolso dos capitais envolvidos. Na sua opinião, as autoridades da China e de Macau devem ainda fornecer “o maior apoio e cooperação mútua” nos aspectos de partilha da informação, operação conjunta de combate, recolha e entrega de provas e acções de sensibilização contra burlas.

      Já o subdirector dos Serviços de Investigação Criminal do Ministério da Segurança Pública e Director do Centro de Informação de Prevenção contra Burlas com Recurso a Telecomunicações e Internet, Lou Xiandi, que fez parte da comitiva, sublinhou ainda que as burlas online e telefónicas se tornaram o crime principal no interior da China nos últimos anos. Desta forma, entrou em colaboração com as polícias exteriores para um combate abrangente aos crimes de burlas, tendo as operações policiais relevantes deste ano obtido “grandes êxitos”.