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      Ministro chinês da Indústria e Musk falam sobre futuro do sector automóvel em Pequim

       

      O ministro da indústria da China, Jin Zhuanglong, e o director executivo da Tesla, Elon Musk, “trocaram opiniões” sobre o desenvolvimento de veículos eléctricos e conectados a “redes inteligentes”, durante um encontro realizado ontem em Pequim.

       

      A reunião decorreu numa altura em que o Partido Comunista Chinês está a tentar reavivar o interesse dos investidores estrangeiros no país, face à recuperação débil da economia chinesa, após o fim da estratégia ‘zero covid’.

      As empresas estrangeiras dizem estar preocupadas com a falta de clareza, depois de a polícia ter realizado incursões aos escritórios de consultoras, e com a crescente tensão entre Pequim e Washington.

      Um inquérito da Câmara de Comércio Britânica na China revelou que cerca de 70% das empresas “estão à espera para ver” como a situação política no país se desenvolve antes de tomarem decisões sobre novos investimentos.

      Jin Zhuanglong e Musk “trocaram opiniões sobre o desenvolvimento de novos veículos movidos a energia elétrica e veículos inteligentes conectados em rede”, de acordo com um comunicado difundido pelo ministério da Indústria e Tecnologia de Informação da China. O comunicado não deu mais detalhes.

      No ano passado, foram vendidos na China quase seis milhões de carros elétricos – mais do que em todos os outros países do mundo juntos. A dimensão do mercado chinês propiciou a ascensão de marcas locais, incluindo a BYD, NIO ou Xpeng, que ameaçam agora o ‘status quo’ de uma indústria dominada há décadas pelas construtoras alemãs, japonesas e norte-americanas. A China foi também o local da primeira fábrica da Tesla fora dos Estados Unidos.

      Na terça-feira, o ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Qin Gang, disse a Musk que o mercado de veículos elétricos da China “tem amplas perspetivas de desenvolvimento”, de acordo com um comunicado do ministério.

      “A modernização da China traz potencial de crescimento e procura sem precedentes, e isso inclui a indústria de veículos movidos a nova energia. A China vai continuar a promover a abertura de alto nível e permanecerá comprometida em criar um ambiente de negócios internacional, com base na lei e orientado para o mercado, para empresas de todo o mundo, incluindo a Tesla”, acrescentou Qin Gang.

      A Tesla abriu a primeira fábrica de automóveis de propriedade totalmente estrangeira na China em 2019, depois de Pequim ter levantado algumas restrições à propriedade, visando impulsionar a concorrência e acelerar o desenvolvimento da indústria.

      Segundo o comunicado do ministério, Musk disse que a Tesla está disposta a expandir os seus negócios na China e que “se opõe à desassociação”, numa referência aos receios de que o mundo se divida em vários mercados, com produtos incompatíveis, como resultado das crescentes fricções entre Pequim e Washington. “Os interesses dos EUA e da China estão entrelaçados como gémeos siameses”, disse Musk, durante o encontro com Qin Gang.

      A fábrica da Tesla em Xangai produziu mais de 710 mil veículos, em 2022, representando pouco mais de metade das vendas globais da empresa.

      Em Abril, a Tesla anunciou que ia abrir uma nova fábrica em Xangai para produzir os seus “Megapacks”, as baterias de armazenamento de energia usadas para estabilizar redes elétricas e evitar apagões. Lusa

       

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      Redacção do Ponto Final Macau