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      Início Grande China Xi Jinping convida Putin a visitar a China este ano

      Xi Jinping convida Putin a visitar a China este ano

      O presidente chinês convidou o seu homólogo russo, Vladimir Putin, a visitar a China este ano, anunciou ontem Xi Jinping em Moscovo. No encontro, o líder chinês referiu ao homólogo russo que a “maioria dos países apoia um reduzir das tensões” na Ucrânia.

      “Na segunda-feira, convidei o presidente Putin a visitar a China este ano, assim que lhe seja conveniente”, disse Xi no início de um encontro com o primeiro-ministro russo, Mikhail Mishustin. O convite foi feito a propósito da realização do terceiro fórum dedicado à Iniciativa “Faixa e Rota”, projecto internacional de infraestruturas lançado pela China que prevê a construção de autoestradas, portos ou ligações ferroviárias, visando abrir novas vias comerciais entre o leste da Ásia e a Europa.

      Xi disse que o novo primeiro-ministro chinês, Li Qiang, vai dar prioridade ao desenvolvimento da parceria com a Rússia. O chefe de Estado chinês também pediu a Mishustin que visite a China o “mais rápido possível”.

      O líder chinês deslocou-se à sede do governo russo antes de visitar o Kremlin, onde vai reunir novamente com Putin. Xi e Mishustin deram um aperto de mão e posaram em frente às bandeiras da China e Rússia para uma foto formal.

      “Antes de tudo, gostaria de parabenizá-lo pela sua reeleição como presidente da República Popular da China. E gostaria de agradecer sinceramente pela grande atenção pessoal que dedica ao desenvolvimento da amizade e parceria Rússia – China”, disse Mishustin.

      O primeiro-ministro também enfatizou a importância de esta ser a primeira deslocação de Xi ao exterior desde que foi renomeado chefe de Estado, durante a sessão plenária da Assembleia Popular Nacional, este mês. A obtenção de um terceiro mandato por Xi é inédita, na História da China comunista, consagrando o seu estatuto como o líder chinês mais poderoso das últimas décadas. “Isto demonstra a natureza especial das relações sino – chinesas, que estão a entrar numa nova era”, enfatizou. Mishustin disse estar convencido de que acordos importantes vão ser alcançados nas negociações entre Putin e Xi.

      “Hoje, as conversas com o presidente da Federação Russa, Vladimir Vladimirovich Putin, vão decorrer no Kremlin. Prevê-se a tomada de decisões importantes sobre o desenvolvimento da cooperação entre a Rússia e a China, até 2030”, disse.

      O primeiro-ministro assegurou que os dois governos vão trabalhar de forma coordenada na implementação dos acordos que vão ser alcançados ao mais alto nível. “Nós, na Rússia, estamos sinceramente interessados em reforçar ainda mais a nossa parceria abrangente e a cooperação estratégica com a China. As nossas relações estão no nível mais alto numa história de muitos séculos e influenciam a formação da agenda global, na lógica da multipolaridade”, disse o primeiro-ministro russo.

      Mishustin observou que a maioria dos membros do governo russo está a participar da reunião com Xi. “A coordenação do nosso trabalho comum é assegurada pelo mecanismo de reuniões regulares entre os chefes de governo da Rússia e da China. Este é um formato único que inclui cinco comissões intergovernamentais e mais de 80 subcomités e grupos de trabalho”, enfatizou.

      A carteira de investimentos da Comissão Intergovernamental Russo – Chinesa de Cooperação para Investimentos inclui 79 projectos, no valor conjunto de mais de 165 mil milhões de dólares, acrescentou. Mishustin também disse estar confiante que as trocas comerciais entre a Rússia e a China vão atingir os 200 mil milhões de dólares já este ano, e não em 2024, como estava originalmente planeado.

      No ano passado, o comércio aumentou quase um terço, para cerca de 190 mil milhões de dólares. O primeiro-ministro russo enfatizou que, apesar da situação externa desfavorável, da turbulência nos mercados globais e da imposição de sanções pelo Ocidente, o comércio e a cooperação económica Rússia -China estão a desenvolver-se com sucesso.

      PR chinês diz a Putin que “maioria dos países apoia um alívio das tensões”

      Xi Jinping informou o homólogo russo, Vladimir Putin, que a “maioria dos países apoia um reduzir das tensões” na Ucrânia, segundo um comunicado difundido ontem pela diplomacia do país asiático. Xi enfatizou que “há cada vez mais vozes racionais e pacíficas” e que a “maioria dos países apoia um aliviar das tensões”.

      Estes países “querem que a paz e as negociações sejam promovidas e opõem-se a que seja atirada mais lenha para a fogueira”, apontou Xi, durante um encontro de quatro horas e meia com Putin, em Moscovo, de acordo com o comunicado difundido pelo ministério dos Negócios Estrangeiros da China.Segundo o líder chinês, “historicamente, os conflitos sempre foram resolvidos com base no diálogo e na negociação”.

      Xi lembrou que a China emitiu um plano para a paz na qual apelou a “uma solução política” e se opôs a sanções unilaterais. “Acreditamos que quanto mais difícil é, mais espaço deve ser deixado para a paz. Quanto mais complexo o conflito, mais esforços devem ser feitos para não abandonar o diálogo”, defendeu Xi.

      O líder chinês também enfatizou que a China está disposta a “continuar a desempenhar um papel construtivo na promoção de uma solução política para o conflito”.

      Num artigo escrito por Xi e publicado por um jornal russo, o líder chinês descreveu a sua deslocação à Rússia como uma “visita de amizade, cooperação e paz”.

      Após a visita a Moscovo, o Presidente chinês deve falar por telefone com o homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky.

      Jornal do PC Chinês aponta laços com Rússia como exemplo de novo tipo de relação

      Um jornal oficial do Partido Comunista Chinês apontou ontem os laços sino-russos como “exemplo vivo de sucesso” de um novo tipo de relações internacionais, que “exclui a formação de alianças ou confrontação” com terceiras partes.

      Em editorial, o Global Times, jornal de língua inglesa do grupo do Diário do Povo, o órgão central do Partido Comunista Chinês, destacou o “enorme valor” da relação entre Pequim e Moscovo, face à “confrontação entre blocos” e à “nova tempestade de uma Guerra Fria impulsionada pelos Estados Unidos”.

      A relação sino-russa “ultrapassa completamente” as “pequenas cliques formadas por divisões ideológicas e grupos de países ocidentais” e “transcende os antigos paradigmas de divisão de poder, troca de interesses e relações entre dominador/submisso”.

      O jornal afirmou que, “por outro lado, os preconceitos, a obsessão ideológica e o egoísmo geopolítico que existem [nas relações] entre países constituem obstáculos para alcançar o estado ideal das relações internacionais”. O jornal acusou ainda “alguma opinião pública” nos EUA e no Ocidente de “pequenez de espírito”, ao “exagerarem maliciosamente” as “trocas normais entre China e Rússia”, tentando “distorce-las como uma espécie de má conduta”.

      CAIXA

      Weibo filtra comentários sobre visita de líder chinês a Moscovo

      Os comentários na rede social Weibo, o equivalente ao Twitter na China, sobre a visita do presidente chinês, Xi Jinping, à Rússia, foram amplamente filtrados. Embora o encontro entre Xi e o homólogo russo, Vladimir Putin, figure entre os principais tópicos partilhados no Weibo, a maioria das partilhas sobre a visita de Estado são da autoria de órgãos oficiais e permitem apenas alguns comentários. Os comentários visíveis consistem sobretudo em ideogramas de corações e polegares para cima. Em alguns casos, a secção de comentários está desactivada. Este foi também o caso aquando do discurso do Estado da nação, proferido por Putin, em Moscovo, em Fevereiro passado.

      Ponto Finalhttps://pontofinal-macau.com
      Redacção do Ponto Final Macau