O número de mortos no Maláui causados pelo ciclone Freddy aumentou para 225, anunciou ontem o Governo do país, o mais afectado por este fenómeno que também causou danos e morte, por duas vezes, em Moçambique e Madagáscar. “O número de mortos subiu de 190 para 225 (…), com 707 feridos e 41 desaparecidos”, revelou o Departamento de Assuntos de Gestão de Desastres do Maláui. Estes novos dados elevam o número total de mortes causadas pelo Freddy na África Austral para mais de 250. Em Moçambique, a segunda passagem do ciclone Freddy provocou, desde sexta-feira, 21 mortos na província da Zambézia, centro do país, segundo um novo balanço oficial, ainda preliminar, apresentado na terça-feira. Os números poderão subir à medida que decorre o levantamento dos prejuízos, admitiu o Instituto Nacional de Gestão de Desastres (INGD) de Moçambique. Na província da Zambézia, a mais afectada, contabilizam-se desde sexta-feira 13.442 famílias afectadas, ou seja, cerca de 65.500 pessoas, além de milhares de casas autoconstruídas danificadas ou completamente destruídas. Num primeiro embate, em 24 de Fevereiro, o ciclone tinha provocado 10 mortes em Moçambique. O Freddy, descrito como “fora da norma” pelos meteorologistas, já é um dos ciclones mais duradouros e que realizou uma trajectória mais longa nas últimas décadas, percorrendo mais de 10.000 quilómetros desde que se formou no norte da Austrália, em 4 de Fevereiro, e cruzou o oceano Índico até ao sul do continente africano. O ciclone atingiu pela primeira vez a costa leste de Madagáscar em 21 de Fevereiro e, depois de atingir Moçambique, regressou à ilha a 5 de Março, onde quase 300.000 pessoas foram afectadas e 17 morreram, de acordo com dados da Organização das Nações Unidas.
Regresso do ciclone Freddy causou mortos em Moçambique e no Maláui
