Superados três anos desde o surgimento da pandemia, a economia de Macau apresenta nesta altura uma tendência de recuperação acelerada e os múltiplos factores positivos estão a surgir, defendeu o Chefe do Executivo, deixando a garantia de uma recuperação economia neste ano.
Ho Iat Seng sublinhou que o número de visitantes de Macau registou um crescimento significativo durante os feriados do Ano Novo Lunar, o que está a injectar uma nova dinâmica em todos os sectores e aumentar a confiança da sociedade no desenvolvimento económico.
Realizou-se ontem a primeira reunião plenária deste ano do Conselho para o Desenvolvimento Económico, presidida por Ho Iat Seng. No seu discurso proferido durante a reunião, o líder da RAEM assegurou que as autoridades vão “acompanhar esta boa tendência de desenvolvimento”, implementando os planos da acção governativa e unindo e liderando todos os sectores da sociedade.
Neste caso, o Executivo vai promover ainda mais a recuperação económica e acelerar o desenvolvimento diversificado da economia, bem como promover o desenvolvimento da Zona de Cooperação Aprofundada entre Guangdong e Macau em Hengqin, avançando na integração da RAEM na conjuntura do desenvolvimento nacional.
Ao assinalar a implementação futura dos novos planos de investimento das concessionárias para a exploração de jogos de fortuna ou azar, o Governo disse que “irá aproveitar as novas oportunidades de desenvolvimento da indústria de turismo e lazer integrado para criar uma cidade diversificada que abrange os mais ricos e variados componentes, nomeadamente visita e entretenimento, cultura e desporto, tratamento médico e cuidados de saúde, experiências tecnológicas e eventos de alta notoriedade”, ressalvou.
Ho Iat Seng deu ênfase ainda à promoção do desenvolvimento das quatro principais indústrias, compreendendo a saúde relacionada à medicina tradicional chinesa, a alta tecnologia, as convenções e exposições, e as finanças modernas. O Chefe do Executivo espera aumentar gradualmente a percentagem dessas indústrias no território, de forma a construir uma estrutura industrial de desenvolvimento sustentável que esteja em conformidade com as situações concretas de Macau.
Por ocasião da reunião, o vice-presidente do Conselho para o Desenvolvimento Económico, Lei Wai Nong, fez uma apresentação da actual evolução económica de Macau, apontando que a conjuntura socioeconómica de Macau manteve-se estável em geral sob a sombra da pandemia, dado que o Governo lançou uma série de políticas e medidas para estabilizar a economia, garantir o emprego e assegurar a qualidade de vida da população.
“Perspectivamos um novo ano que marca o bom começo da economia de Macau e a sua entrada numa nova fase de desenvolvimento, na sequência da gradual liberalização das restrições à circulação de pessoas, da implementação sucessiva de diversas políticas e medidas de apoio ao desenvolvimento da RAEM promovidas pelo Governo Central, e da recuperação estável do número de visitantes de Macau e do mercado de consumo”, afirmou o também secretário para a Economia e Finanças.
À margem da reunião, Andy Wu, que faz parte do Conselho e é também presidente da Associação de Indústria Turística, contou que a discussão dos membros se focou na carência de recursos humanos nos sectores de serviço, no seguimento da recente recuperação do turismo. Em declarações à Rádio Macau em língua chinesa, e apesar do facto de o Governo e a indústria terem realizado sessões de emparelhamento de emprego para residentes, Andy Wu frisou que muitas Pequenas e Médias Empresas tiveram quotas cortadas, durante a pandemia, de trabalhadores não-residentes (TNR). “As autoridades prometem concluir os procedimentos dentro de cinco dias úteis caso as PME solicitem agora as quotas de novo. Mais de 90% dos pedidos actuais foram aprovados”, revelou.