Luís Herédia, presidente da Associação de Hotéis de Macau, não tem esperança de que a redução do período de quarentena para cinco dias de isolamento em hotel mais três de isolamento domiciliário possa beneficiar a indústria hoteleira.
Ao PONTO FINAL, o representante do sector assinalou que a medida “não irá afectar de modo algum a entrada de visitantes ou turistas”, já que os turistas “não estarão dispostos a estar oito dias a cumprir isolamento para qualquer destino que seja”.
A redução “não tem qualquer impacto na indústria hoteleira, não traz qualquer benefício”, frisou Luís Herédia, ressalvando que “não há qualquer alteração no aumento de entradas de visitantes ou turistas, [mas] poderá facilitar a entrada ou regresso de residentes”.
O presidente da Associação de Hotéis de Macau reiterou que o sector está a passar por grandes dificuldades devido às restrições fronteiriças que fazem com que haja poucos visitantes. “No geral tem sido um esforço financeiro pesado para muitos dos hotéis. Mantendo-se esta situação, conta-se com o apoio do Governo. Manter a qualidade, a operação e sobretudo postos de trabalho é um esforço pesado”, indicou.
Os casos de Covid-19 na província de Guangdong têm dificultado a vida aos hotéis, dado que este é o principal mercado do sector. “Havendo situações de crise em Guangdong, isso reflecte-se de imediato as quebras de ocupação e de preços”, apontou Herédia.
Recorde-se que a cidade de Cantão, capital da província de Guangdong, registou quase 4.000 casos positivos de Covid-19 nos últimos dias, o que levou ao confinamento de mais 1,8 milhões de pessoas num dos distritos desta que é uma das maiores cidades da China.