Os Serviços de Saúde de Macau reagiram, pela primeira vez, ao aumento diário de casos de varíola dos macacos em diversos países do mundo onde a doença não é endémica.
As autoridades sanitárias referiram que eventuais pacientes devem ser isolados e que os médicos estão obrigados a notificar a doença. “Os Serviços de Saúde pedem à população e ao pessoal médico que se mantenham vigilantes. De forma a prevenir a varíola dos macacos, a população deve evitar contactos com animais como os macacos e os roedores da África Central e Ocidental. É ainda recomendado que os grupos de risco, e aqueles que tenham contactos com grupos de risco, estejam atentos a eventuais sintomas.”
Entretanto a China já veio dizer publicamente que o risco da doença no país “é baixo”. Portugal, por sua vez, já relatou 37 casos.
Com cerca de 100 casos em 15 países – 11 europeus, EUA, Canadá, Israel e Austrália – onde a doença não é endémica, de acordo com estatísticas da Organização Mundial da Saúde (OMS), o vírus acaba agora de chegar à América do Sul, com um caso suspeito na Argentina. Entretanto, outros 50 casos estão sob investigação, e a OMS acredita que novas notificações devem surgir nos próximos dias. Numa altura em que o mundo começa a sentir um alívio de restrições, mais ou menos, generalizado na pandemia de Covid-19, surge agora outra preocupação.
A doença é considerada rara e pouco conhecida, sendo que, até recentemente, estava restrita a regiões remotas da África Central e Ocidental. Menos forte que a varíola tradicional, os sintomas desta infecção viral manifestam-se, no geral, de forma leve, sendo que a maioria dos pacientes se recupera em algumas semanas, entre 14 a 21 dias.
Sem alarmes, diz a OMS, embora não haja uma vacina específica para esse vírus, a vacina contra a varíola tem alta eficácia, de 85%, porque os dois vírus são bastante parecidos.