No fim do Encontro das Comunidades Macaenses, que aconteceu entre 30 de Novembro e 6 de Dezembro de 2024, entre os participantes e organização mencionou-se a possibilidade de se organizar um Encontro de Jovens Macaenses já em 2026. Mas ainda não há conversações nesse sentido.
Fala-se num potencial Encontro dos Jovens Macaenses já em 2026, mas a verdade é que está longe de ser confirmado. Para o presidente da Associação dos Jovens Macaenses, António Monteiro, integrar os jovens no evento geral, ao invés de separá-los, continua a fazer sentido. “Não vejo necessidade de separação dos dois”, afirma ao PONTO FINAL.
Em jeito de balanço do Encontro das Comunidades Macaenses 2024, António Monteiro refere ser muito benéfico para os macaenses. “Ficámos praticamente cinco anos sem realizar encontro que permite, não só juntar as associações locais, mas também a diáspora”, afirma.
Satisfeito por, após estes anos todos, este evento continuar a realizar-se com o apoio do Governo local, acha uma iniciativa importante, seja enquanto presidente da Associação dos Jovens Macaenses ou como secretário-geral do Instituto Internacional de Macau, que “as associações locais dêem a sua contribuição para a manutenção da cultura e criem perspectivas que possam servir para discutir o futuro de como os jovens podem contribuir melhor”.
Sobre a possibilidade de se retomar o Encontro dos Jovens Macaenses em 2026, António Monteiro diz não saber de nada. “Esse tema não foi discutido comigo”, refere. E, para isso acontecer, há ainda que definir critérios com o novo Governo da RAEM, com a Fundação Macau e o próprio Conselho das Comunidades Macaenses. Ainda assim, diz Monteiro, da sua parte não vê necessidade de separar os jovens dos seniores, até porque “a dimensão é completamente diferente”.
Os jovens que se seguem
O presidente do Conselho Permanente das Comunidades Macaenses, José Luís de Sales Marques, afirma ter notado “mais gente jovem” no Encontro das Comunidades Macaenses de 2024. E deixou no ar a vontade e a possibilidade de se organizar uma nova iniciativa congregando apenas os jovens. “Haverá no futuro, mas essa parte é responsabilidade dos jovens macaenses”, refere.
Para o presidente da Casa de Macau em Portugal, Carlos Piteira, a questão dos jovens não é de menor importância, já que é ali que reside a sobrevivência da comunidade. “Receia-se que aquela elite que actualmente está em torno daquilo que é Conselho das Comunidades possa desaparecer e deixar de ter importância no contexto da intervenção social, está aqui um dilema de quem é que vai substituir aquelas personalidades”, diz. Mencionando alguns nomes importantes da comunidade, como José Luís de Sales Marques, Leonel Alves ou Carlos Marreiros, levantou a questão sobre quem iria substituí-los. “Se desaparecem, será que os jovens já estão em condições de assumir o comando de uma coisa tão representativa?”.