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      FAOM pede penas mais pesadas para a contratação de trabalhadores ilegais

      A Federação das Associações dos Operários de Macau (FAOM) quer reforçar o combate aos trabalhadores ilegais, sugerindo um aumento da pena contra a contratação e introdução de novas medidas de detecção dos casos.

      A associação referiu estar atenta ao possível aumento de casos de trabalhadores ilegais e contrabando em Macau devido à implementação da política que facilita a viagem à região dos residentes de Zhuhai e da Ilha da Montanha. Na sua opinião, as autoridades devem intensificar o trabalho de inspecção em diferentes locais de trabalho e tomar medidas mais dissuasores ao emprego ilegal.

      Ao falar enquanto vice-presidente da FAOM, Leong Sun Iok criticou a contratação de trabalhadores ilegais pela injustiça e o prejuízo dos direitos e interesses laborais dos residentes locais. O deputado alertou para a dificuldade da recolha de provas e da aplicação da lei contra o trabalho ilegal, uma vez que a natureza do trabalho de muitos trabalhadores ilegais “é relativamente oculta”.

      “O emprego é sempre escondido, por exemplo, na indústria das obras dos interiores e dos condutores. Os fotógrafos e maquilhadores ilegais também têm suscitado a preocupação do público nos últimos anos. Alguns residentes relatam que houve até um anúncio de recrutamento desses trabalhadores ilegais em Macau nas redes sociais”, indicou o deputado.

      Recorde-se que o Governo anunciou na semana passada que foram interceptados 25 trabalhadores ilegais suspeitos no mês de Dezembro de 2024 após inspecção a 84 locais. Leong Sun Iok alertou que o número de inspecções ao longo do ano passado diminuiu para 3.453 vezes, mas o número de trabalhadores ilegais suspeitos aumentou significativamente com mais 293 pessoas. “A tendência de aumento constitui um motivo de preocupação”, frisou.

      Leong Sun Iok propôs a introdução de uma nova abordagem de fiscalização como pessoal de inspecção à paisana e mesmo a vigilância eletrónica. Sugeriu ainda que as pessoas do sector da construção civil que entram e saem dos estaleiros e os guias turísticos sejam obrigados a trazer um cartão de autorização de trabalho quando trabalham, para facilitar a identificação dos trabalhadores ilegais.