Em 1582, por ordem do Papa Gregório XIII, as pessoas foram para a cama na Quinta-feira, dia 4 de Outubro, e só se levantaram na Sexta-feira, dia 15 de Outubro, sem que com isso tivessem dormido mais do que o do costume. Magia? Não, reforma do calendário! Deitaram-se no dia 4 de Outubro de acordo com o ‘Calendário Juliano’ mas levantaram-se no dia 15 de acordo com o novo ‘Calendário Gregoriano’, o mesmo que nós hoje usamos.
Como vimos, o ‘Tratado Tui’, entre D. Afonso Henriques e Afonso VII de Leão e Castela, foi assinado em 14 de Julho de 1137, a carta em que D. Afonso Henriques se encomenda ao Papa como seu vassalo é de 23 de Dezembro de 1143 e a bula de Alexandre III, que confirma Portugal como reino independente, data de 2 de Junho de 1179. No entanto, os dias das datas escritas nos documentos são 4 de Julho, 13 de Dezembro e 23 de Maio, respectivamente. A discrepância entre as datas é exactamente de dez dias, os dez dias que, em 1582, Gregório XIII retirou ao calendário Juliano, em vigor desde 45 a.C.
O calendário Juliano, que o Papa decidiu pôr na gaveta, é ainda hoje usado pela igreja ortodoxa e resulta de uma reforma levada a cabo por Júlio César em 46 a.C., com ajuda de um astrónomo egípcio. Os egípcios, tal como os babilónios, eram famosos pelos seus conhecimentos de astronomia. Foram, aliás, os egípcios os primeiros a propor a ideia de que o mundo era redondo e não plano, como então se acreditava, baseados no facto de que os obeliscos produziam sombras em graus diferentes à mesma hora dependendo da sua localização. As razões que levaram Gregório XIII a reformar o Calendário Juliano não são totalmente díspares das que levaram Júlio César a reformar o calendário romano 1600 anos antes.
O Tempo em Roma
Tal como Roma, também o seu calendário comparte das mesmas origens míticas. A cidade de Roma teria sido fundada em 753 a.C. pelos gémeos Rómulo e Remo, filhos de Marte, o deus da guerra, e da virgem vestal, Reia Sílvia. Abandonados no rio Tibre por receio de que o Amúlio, o rei de Alba Longa e tio de Reia Sílvia, os quisesse matar foram encontrados e amamentados por uma loba. Mais tarde, Rómulo, à causa de uma disputa sobre ‘qual colina fundar a cidade’ acabaria por matar Remo, vindo a se tornar o primeiro rei de Roma.
O primitivo calendário romano era conhecido em Roma como o ‘calendário de Rómulo’, nome que dá pistas acerca do pouco que se sabe das origens do mais antigo sistema de organização do tempo na ‘cidade eterna’.
O calendário de Rómulo era um calendário lunar composto de somente dez meses, seis de 30 dias e quatro de 31. Os meses lunares, que começam na Lua Nova, consistem no ciclo completo das quatro fases da Lua que duram, cada uma, sete dias. Na verdade, a Lua leva 27 dias e sete horas para dar a volta completa à Terra, porém, da Lua Nova à Lua Nova leva-se normalmente 29 dias e meio por causa de uma “ilusão óptica” derivada do ângulo do reflexo solar sobre a Lua. Assim, a última semana do mês lunar podia chegar a durar nove dias, daí a ‘novena’, uma medida de nove dias que hoje em dia se usa exclusivamente em contexto religioso.
Os meses do calendário de Rómulo cobriam apenas 304 dias, os 61 dias que lhe faltavam correspondiam aos dois meses do Inverno em que não havia actividade agrícola. Isto diz-nos muito acerca da natureza deste calendário e das suas humildes origens; muito provavelmente terá sido herdado de agricultores que na altura cultivavam a região do Lácio, região central do Oeste da Itália onde Roma se viria a instalar [é do Lácio, em Latim, ‘Latium’, que nós derivamos o vocábulo ‘Latim’, o nome da língua de Roma].
No calendário de Rómulo, o ano começava em Março, mês em que começa a Primavera. Em Latim, Março é ‘Martius’, o mês dedicado a Marte, o deus da guerra que bem conhecemos d’Os Lusíadas. O mês de Abril era, em Latim, ‘Aprilis’ o mês em que a Natureza ‘se abre’ e daí que os próprios romanos derivassem este nome do verbo ‘aperire’, Latim para ‘abrir’. O nome do mês de Maio vem do Latim ‘Maius’, dedicado a Maia, a deusa da fertilidade agrícola. Já o mês de Junho ou ‘Junius’, em Latim, era o mês dedicado a ‘Juno’, a deusa cônjuge de Júpiter, o rei dos deuses, e símbolo da feminidade conjugal e maternal. Entre os Romanos eram famosas as histórias de como Juno se vingava das infidelidades do marido. Os restantes meses, nesta versão do calendário, derivavam os seus nomes da posição que ocupavam. Assim, o nosso Julho era chamado ‘Quintilis’ de ‘quinque’ ou cinco, era o quinto mês; Agosto era denominado ‘Sextilis’, da palavra latina ‘sex’ ou seis, era o sexto mês; Setembro, em Latim, ‘September’, derivado de ‘septem’, o numeral latino para sete’, era o sétimo mês; Outubro era ‘October’, do Latim ‘octo’ ou oito, era o oitavo mês; Novembro, ou em Latim, ‘November’, a partir de ‘novem’ ou nove, era o nono mês e, finalmente, Dezembro ou ‘December’ de ‘decem’ ou dez, era o décimo e último mês do primitivo calendário romano.
Raros serão os dias em que não invocamos de alguma forma os nomes dos meses mas ‘quantas vezes é que nos passa pela cabeça indagar acerca da origem ou do significado destas palavras?’ –para nós são simplesmente ‘os nomes dos meses do ano’– no entanto, estes são nomes com um pedigree de, pelo menos, 2800 anos.
A seguir veio o calendário atribuído a Numa Pompílio, segundo rei de Roma. A este rei são atribuídas muitas inovações na cidade de Roma, sem que, no entanto, se possa provar factualmente a verdade dessas histórias. Ainda assim, é a ele que se atribui a introdução dos meses de Janeiro e Fevereiro no final do ano. A princípio, Fevereiro foi colocado antes de Janeiro que, desta forma, era o último mês do ano. É, aliás, deste facto que Janeiro deriva o seu nome de ‘Januarius’ ou o mês de ‘Janus’, o deus que, representado com duas faces, uma à frente e outra atrás, protegia a entrada das casas. A palavra latina para porta era ‘janua’ e não ‘porta’ como se vê às vezes por aí. Em Latim ‘porta’ quer dizer ‘portão’, por exemplo, as portas de uma cidade, de um edifício público, ou de uma catedral, essas sim seriam designadas pela palavra latina ‘porta’; a porta de casa era ‘janua’ e ‘Janus’ era o deus que, com as suas duas faces, via o que estava dentro e fora de modo a proteger os que viviam na casa. [De ‘janua’, nos temos a palavra ‘janela’ através do diminutivo do Latim tardío ‘januella’ ou portinha. Em Latim, ‘janela’ dizia-se ‘fenestra’ que dá o português ‘fresta’, as “janelas” estreitas das torres dos castelos de onde se atiravam as setas, o francês ‘fenêtre’, e o italiano e o catalão ‘finestra’.] Portanto, Janeiro foi inicialmente colocado como o último mês do ano porque assim olhava para o ano que acabara e para o que começava.
O mês de Fevereiro, em Latim, ‘Februarius’, a princípio o décimo primeiro mês, deriva o seu nome das ‘februa’, ou purificação, que decorriam no dia 15 de Fevereiro como parte do grande festival da ‘Lupercalia’ quando os romanos costumavam correr pelas ruas todos nus cobertos apenas com peles de animais.
A ‘Lupercalia’ foi uma das festividades pagãs que mais resistiu a ser abolida. Conseguiu resistir ao clima de verdadeira caça aos pagãos que se instalou em Roma no tempo do Imperador Teodósio (347-395), depois que este, a 27 de Fevereiro de 380, tivesse passado o ‘Édito de Tessalonica’ que impunha o cristianismo de Niceia, como religião oficial do Império. Entre 389 e 395, o mesmo imperador passou uma série de decretos proibindo os cultos pagãos que ainda existiam, incluindo os jogos Olímpicos que se realizaram pela última vez em 393. Já depois da queda do império, o Papa Gelásio I (494–96) tentou abolir a ‘Lupercalia’ argumentando que era escandaloso ver as pessoas, incluindo mulheres, correrem todas nuas pelas vias públicas da cidade mas a oposição do Senado, que mantinha ainda muitos membros pagãos, não o permitiu alegando que a ‘Lupercalia’ estava demasiado entranhada na identidade romana.
A introdução dos meses de Janeiro, que a princípio tinha 29 dias, e Fevereiro, que tinha 28, levou ao reajustamento da duração dos outros meses que passaram, quatro deles, a ter 31 dias e seis somente 29. Assim, o total de dias do ano era de 355, ficando a faltar cerca de dez dias para que o calendário lunar se alinhasse com o calendário solar. Em ordem a resolver este desfasamento, acrescentava-se, cada dois anos, um mês adicional de 22 ou 23 dias depois de Fevereiro, que, entretanto, havia mudado de posição e era agora o último mês do ano. Este sistema não era satisfatório especialmente por que estava dependente dos pontífices e das suas capacidades astronómicas e matemáticas.
A Reforma de Júlio César
A administração do calendário romano, que regia a vida civil da república romana, estava dependente dos sacerdotes ou pontífices aos quais cabia, entre outras decisões, tais como determinar dias fastos e nefastos para a actividade política, fazer também a contagem dos dias do ano e determinar quando introduzir o mês adicional.
Para os romanos não existia a distinção entre o político e o religioso, todo o acto político era um acto religioso e todo o acto religioso de carácter público era um acto político, pois somente actos políticos sancionados pelos deuses poderiam ser válidos. Assim, para os romanos a política e a religião eram as formas como a ‘civilidade’ se expressava. Por exemplo, Júlio César começou a sua vida política ou pública, que para os romanos era o mesmo, em 84 a.C. como ‘Flamen Diales’, ou seja, o sacerdote responsável pelo culto de Júpiter, um cargo de enorme prestígio em Roma. Não admira, assim, que a administração do tempo que regulava a sociedade romana estivesse nas mãos dos sacerdotes, que, segundo a mundividência dos romanos, eram apenas mais um tipo de funcionários públicos.
Em 63 a.C., César foi eleito para o cargo de ‘pontifex maximus’, ou sumo pontífice, a autoridade religiosa romana máxima e, como tal, o último responsável pela administração do calendário romano. O ‘sumo pontífice’ era o chefe dos sacerdotes romanos no tempo da república, título que depois passará para Augusto e para os sucessivos imperadores e, finalmente, para o Papa, título que ainda hoje este enverga. [Na verdade, o título oficial do Papa é, em Latim, ‘Pontifex Maximus’ e é nessa categoria que assina os documentos oficiais.] É por volta de 60 a.C. que César parte de Itália para as suas muitas campanhas militares estando assim ausente de Roma por vários anos mas mantendo o cargo de sumo pontífice. Em consequência disso, quando volta definitivamente para Roma em 46 a.C. o calendário romano tinha um atraso de três meses. Suetónio (69-122), um historiador dos princípios da era cristã, escreve na sua obra ‘As vidas dos doze Césares’ que o desregulamento do calendário era tal que as colheitas já não se faziam no Verão nem a vindima no Outono.
Assim, em 45 a.C., com a ajuda do astrónomo egípcio Sosígenes de Alexandria, César reorganiza o calendário romano de forma a que este se alinhe automaticamente com o calendário solar sem que seja necessária a intervenção dos pontífices. Para tal, redistribui a duração dos meses do ano de modo a que os doze meses somem 365 dias. Visto que o ano solar dura 365 dias e seis horas, César acrescenta ao mês de Fevereiro, o último mês do ano, que na altura tinha 29 dias, um dia extra feito da soma das seis horas que excedem os 365 dias da órbita da Terra. Desta forma, cada quatro anos o calendário romano e o ano solar estariam perfeitamente alinhados de forma automática. Este é basicamente o calendário lunissolar que nós ainda hoje seguimos.
Os romanos não contavam os dias do mês como nós. Os dias eram contados a partir de datas ou marcos específicos dentro de cada mês. Esses marcos eram as ‘kalendas’, as ‘nonas’ e os ‘idus’. As ‘kalendas’, uma das poucas palavras em Latim clássico que mantém a letra ‘k’ e da qual nós derivamos a nossa palavra ‘calendário’, caía sempre no primeiro dia do mês, já as ‘nonas’ caíam no dia sete e os ‘idus’ no dia quinze nos meses de Março, Maio, Julho e Outubro e nos dias cinco e treze, respectivamente, nos restantes meses.
Os dias dos meses eram contados de forma retroversa, ou para trás, em relação a esses três marcos do mês. Assim, o dia 25 de Dezembro era o oitavo dia antes das ‘kalendas’ de Janeiro, ou seja, o oitavo dia antes do dia um de Janeiro, e o dia dez de Junho era o quarto dia antes dos ‘idus’ de Junho, ou seja, o quarto dia antes do dia treze de Junho. Funcionava, mais ou menos, como quando nós dizemos ‘oito menos um quarto’ ou ‘um quarto para as oito’, dizendo os minutos em relação à que está ainda para vir.
No calendário de César, os meses tinham 30 ou 31 dias, à excepção de Fevereiro que tinha 29. O trigésimo dia que se acrescentava a Fevereiro cada quatro anos, era a repetição do sexto dia antes das ‘kalendas’ de Março, para nós, o dia 24 de Fevereiro, que se tornava assim o bissexto dia antes das ‘kalendas’ de Março; daí vem o nome do nosso ano ‘bissexto’.
As reformas de Júlio César foram desenhadas no ano 46 a.C. para entrarem em vigor no ano seguinte, ou seja, no ano 45 a.C. Porém, para que as reformas pudessem entrar em vigor primeiro era necessário resolver o atraso de três meses de que o calendário então sofria. Para isso, ao ano 46 a.C., ou seja, no ano 708 desde a fundação de Roma, foram acrescentados 90 dias fazendo desse ano, que durou ao todo 445 dias, o ano mais longo na história do mundo.
Em 44 a. C., nos Idus de Março, César foi assassinado e Roma entrou num período de relativo caos. No ano 8 a.C., Augusto, então imperador de Roma, teve de reajustar o calendário pela última vez que já este tinha um desfasamento de três dias derivado da confusão em que Roma mergulhou depois do assassinato de César.
As duas últimas alterações ao calendário foram a mudança de nome do quinto mês de ‘Quintilis’ para ‘Julius’, o nosso Julho, em honra de Júlio César e o ‘Sextilis’ para ‘Augustus’, o nosso Agosto, agora dedicado ao imperador Octávio César Augusto. Para que o mês dedicado a Augusto não tivesse menos dias do que o dedicado a Júlio César, o mês de Agosto passou a ter 31 dias também. O dia extra que Agosto recebeu foi retirado ao mês de Fevereiro que passou a ter os 28 dias que tem hoje, 29 quando é bissexto.
A reforma do calendário romano não se estendeu automaticamente a todo o império, especialmente na parte oriental onde existiam calendários antigos que obedeciam a tradições locais, algumas das quais nunca chegaram a ser totalmente suplantadas. Mesmo em Roma, a reforma levou o seu tempo a se estabilizar mas, por volta do ano oitavo d.C., o calendário romano tinha já a mesma configuração que o nosso calendário tem hoje.
A Reforma de Gregório XIII
A reforma de César, embora quase perfeita, tinha um problema, a órbita da Terra à volta do Sol não leva 365 dias e seis horas completas, mas sim 365 dias, cinco horas e 49 minutos. Isto pode parecer irrisório, mas, na verdade, cada 400 anos esta pequena diferença de onze minutos produz três dias de desajuste em relação ao tempo solar.
No século XVI, o desfasamento era já de dez dias e isso tinha consequências no ‘computus’ ou cálculo da data da Páscoa. A Páscoa cai no primeiro Domingo a seguir à Lua Cheia que ocorre ou no dia ou a seguir ao equinócio da Primavera. Como se pode ver pela fórmula, a data da Páscoa depende tanto da Lua como do Sol e o desfasamento do calendário em relação ao tempo solar pode mascarar a data do equinócio. Por isso, em 1545, o Concílio de Trento consentiu que o Papa, na altura Paulo III, procedesse a uma reforma do calendário para que este problema fosse resolvido.
Em Outubro de 1582, o Papa Gregório XIII, através da bula ‘Inter Gravissimas’, determinou que, sem que se alterasse a sequência dos dias da semana, se retirassem ao calendário dez dias para que este se alinhasse com o tempo astronómico do Sol.
Esta reforma foi adoptada imediatamente nos países católicos mas rejeitada pelos países protestantes e ortodoxos. Mais tarde, alguns somente no século XX, viriam todos a adoptar esta reforma, pelo menos nos seus calendários civis.
A igreja ortodoxa continuou e continua a usar o Calendário Juliano. Por causa do desajuste, que desde 1901 é de treze dias, o equinócio da Primavera cai, segundo o calendário ortodoxo, a três de Abril e não a 21 de Março, como no Calendário Gregoriano. Visto que os ortodoxos utilizam a mesma fórmula de cálculo para determinar a data da Páscoa, como resultado, a Páscoa ortodoxa é mais tarde do que a católica, caindo entre 4 de Abril e 8 de Maio, enquanto que a católica, normalmente, cai entre 22 de Março e 25 de Abril. Ainda assim, algumas vezes a Páscoa coincide, mas por mero acaso, a última vez que isto aconteceu foi em 2022, quando o Domingo de Páscoa foi a 17 de Abril.
Tendo em conta o tempo real que a Terra leva a dar a volta ao Sol, para que o desfasamento não se repita, o Calendário Gregoriano determinou que os anos seculares, tais como 1700, 1800 ou 2000, só serão bissextos se forem divisíveis por 400. Desta forma, o desfasamento que em duzentos anos é de, mais ou menos, um dia e meio –daí que o solstício do Inverno caia entre 21 e 23 de Dezembro– se possa reajustar.
Há três semanas, a coluna intitulada ‘Saturnália I’ começava com a pergunta ‘afinal quando nasceu Jesus?’ Então, vimos que a data de 25 de Dezembro é uma data convencional, cujas origens remontam à antiga Roma pagã. Porém, uma outra pergunta ficou no ar: ‘porque é que os ortodoxos celebram o Natal a sete de Janeiro?’. Agora já estamos em posição de responder a essa pergunta. Na verdade, os ortodoxos gregos e os russos também celebram o Natal no dia 25 de Dezembro mas de acordo com o Calendário Juliano, o que corresponde ao dia sete de Janeiro do nosso Calendário Gregoriano, dada a actual discrepância de treze dias entre os dois calendários.
Desejos de um Feliz Ano Novo Gregoriano!