O Governo subsidiou no ano passado um total de 800 mil consultas prestadas nas instituições médicas sem fins lucrativos e privadas. Os Serviços de Saúde planeiam agora aumentar o número de vagas para a atribuição de subsídios e também melhorar o atendimento dos cuidados de saúde aos grupos necessitados, incluindo os portadores de deficiência.
O director dos Serviços de Saúde admitiu que será aumentado o número de vagas para a concessão de subsídio para consultas médicas em instituições sem fins lucrativos e privadas. O alargamento de apoio financeiro deverá ser implementado no próximo ano.
Ao mesmo tempo, segundo Alvis Lo, o organismo vai reforçar a comunicação com as referidas instituições de forma a rever e melhorar os serviços de cuidados de saúde para grupos com necessidades especiais, como as pessoas com deficiência.
Por ocasião do programa Fórum de Macau, no canal chinês da Rádio Macau, Alvis Lo foi confrontado com a questão da escassez de vagas de consultas subsidiadas nas clínicas comunitárias, quando uma residente ligou para o programa e se queixou da falta de acesso ao serviço.
Alvis Lo afirmou que o número de serviços médicos subsidiados não foi reduzido e, no ano passado, através do regime de subsídios, as organizações médicas sem fins lucrativos e as instituições médicas privadas cooperaram para prestar serviços, contando com 800.000 atendimentos durante todo o ano.
“Estabeleceremos todos os anos uma quota anual, em conformidade da lei, para cada instituição médica e, depois disso, a instituição estabelecerá, de acordo com a situação do seu funcionamento, uma quota para a prestação de serviços subsidiados numa base mensal ou diária”, explicou o responsável, assegurando que as autoridades vão rever todos os anos a situação da implementação do subsídio para ajustar a quota.
Ao abordar o trabalho de cuidados médicos, Alvis Lo fez ainda a referência à criação, em Outubro deste ano, do Centro de Endoscopia no Centro Hospitalar Conde de São Januário, com optimização do ambiente de espera de consulta e de tratamento, tanto com reforço das técnicas e equipamentos de apoio tais como analgesia e anestesia.
O médico revelou que, até ao momento, foram realizados neste centro 850 exames endoscópicos de gastroenterologia, incluindo 400 atendimentos de gastroscopia e 450 atendimentos de colonoscopia. “A proporção de atendimentos de colonoscopia após anestesia era de cerca de 30% no passado, mas agora aumentou para 90%”, indicou.
O director dos Serviços de Saúde, por outro lado, avançou que está em curso o recrutamento de médicos de medicina chinesa e de saúde dentária para o Centro de Saúde de Seac Pai Van. Segundo o mesmo, se a contratação decorrer sem problemas, estes serviços deverão estar disponíveis para os residentes no segundo semestre do próximo ano.
No programa de rádio, Alvis Lo reiterou também que o tempo de espera para a primeira consulta externa de especialidade foi reduzido para 3,4 semanas, e o tempo médio de espera para a consulta no Serviços de Urgência é de uma hora. As autoridades recorreram a métodos como optimização de processo administrativo e a afectação de recursos, de modo a proporcionar aos residentes uma melhor experiência de cuidados de saúde, disse o médico.
O responsável disse ainda acreditar que, com o funcionamento do Hospital das Ilhas, mais turistas serão atraídos a visitar Macau no futuro para os serviços de cuidados de saúde. O responsável acrescentou que os Serviços de Saúde têm mantido uma comunicação estreita com o Hospital das Ilhas desde a sua entrada em funcionamento, estando actualmente a trabalhar para desviar gradualmente a procura de serviços de exames radiológicos, do Centro Hospitalar Conde de São Januário, para o novo Hospital com vista a reduzir o tempo de espera para os exames radiológicos.