O Governo aprovou o projecto da Ponte 16 para adicionar elementos não-jogo à sua propriedade, nomeadamente o regresso do Macau Palace, o antigo casino flutuante. Para tal, foi alterado e renovado o contrato de concessão do terreno.
De forma a permitir que a Ponte 16 adicionasse novos elementos não-jogo ao terreno que concessiona na zona do Porto Interior, o Governo deu luz verde à revisão do contrato de concessão daquele terreno. As alterações aos termos do contrato foram publicadas ontem em Boletim Oficial e preveem o pagamento de um prémio de quase 460 milhões de patacas e uma extensão do prazo de arrendamento até Fevereiro de 2030.
O contrato estipula que o uso daqueles solos é para a construção de um complexo de diversões e turismo. Assim, um dos lotes vai manter o hotel Sofitel bem como o seu parque de estacionamento. Um outro lote, servirá para comércio, incluindo a embarcação Macau Palace, anteriormente conhecido como o “casino flutuante”, que vai voltar às águas da região, ainda que sem casino.
Segundo o que foi dito anteriormente pela empresa, o Macau Palace vai ficar ancorado no Cais n.º 14, junto à Ponte 16. Após a revitalização, o Macau Palace passará a albergar restaurantes, lojas e um museu da cultura do jogo de Macau. Recorde-se que o casino flutuante foi inaugurado em 1962 pela Sociedade de Turismo e Diversões de Macau (STDM) e foi rebocado em 2015 para o posto de Zhuhai da Nam Kwong. O Macau Palace já estava em estado inactivo e de degradação desde 2007. Nos últimos anos, o Macau Palace esteve na Bacia Norte do Patane.
A área bruta de construção permitida para os novos empreendimentos é de 11.614 metros quadrados, de acordo com o despacho assinado por Raimundo do Rosário, secretário para os Transportes e Obras Públicas.
O despacho estipula também que a empresa responsável tem um prazo de 36 meses, a contar da data da publicação do despacho, para concluir os novos empreendimentos. Por outro lado, ao abrigo desta alteração no contrato, os promotores da Ponte 16 abdicam dos direitos sobre outras parcelas de terreno mais pequenas atribuídas na concessão anterior. De acordo com o despacho, as parcelas devolvidas ao Governo têm uma área de 4.425 metros quadrados.
Esta adição de novos elementos não-jogo surge na sequência dos processos de renovação e revitalização de algumas zonas históricas de Macau que estão a ser promovidos pelo Governo. A revitalização da Ponte 16 está inserida no projecto global da operadora de jogo SJM Resorts, S.A., que é também uma das investidoras naquele espaço. A concessionária vai também renovar as ruas e praças nas imediações da Avenida de Almeida Ribeiro, o Lardo do Pagode do Bazar, a Praça de Ponte e Horta e o Centro Cultural e Recreativo Kam Pek, por exemplo.