As exportações dos países de língua portuguesa para a China registaram o melhor arranque de ano de sempre, ao atingir 35 mil milhões de dólares no primeiro trimestre de 2024. As exportações aumentaram 23,6% em termos anuais sobretudo devido ao maior fornecedor lusófono do mercado chinês, o Brasil, cujas vendas cresceram 25,8%, para 29,3 mil milhões de dólares, um novo máximo para um primeiro trimestre.
As vendas de mercadorias de Angola para a China aumentaram 9,6% para 4,32 mil milhões de dólares, enquanto as exportações de Portugal subiram 5,4% para 743,7 milhões de dólares. Os dados, divulgados na quinta-feira, mostram que a maioria dos países de língua portuguesa exportou mais para a China, incluindo Moçambique, cujas vendas subiram 26,6%, para 407,4 milhões de dólares.
Também Timor-Leste (+1.866%), Cabo Verde (+72,2%) e Guiné-Bissau (+686,7%) viram as exportações para a China aumentar no primeiro trimestre de 2024, embora nenhum dos três países tenha vendido mais de 132 mil dólares em mercadorias. Já as exportações da Guiné Equatorial para o mercado chinês desceram 12,5%, enquanto as vendas de São Tomé e Príncipe caíram 92,2%, em comparação com o período entre janeiro e março de 2023.
Na direcção oposta, os países lusófonos importaram mercadorias no valor de 19,2 mil milhões de dólares da China, um aumento anual de 12,5% e um novo recorde para um primeiro trimestre. O Brasil foi o maior parceiro comercial chinês no bloco lusófono, com importações a atingirem 16,1 mil milhões de dólares, seguido de Portugal, que comprou à China mercadorias no valor de 1,46 mil milhões de dólares.
Ao todo, as trocas comerciais entre os países de língua portuguesa e a China atingiram 54,3 mil milhões de dólares entre Janeiro e Março, mais 19,4% do que em igual período de 2023 e um novo máximo para um primeiro trimestre.
A China registou um défice comercial de 15,8 mil milhões de dólares com o bloco lusófono no primeiro trimestre de 2024.