É inaugurada esta quinta-feira a segunda edição da exposição “Show-Off”, organizada pela Associação Cultural Vila da Taipa, que desta vez vai mostrar as colecções de arte de Guilherme Ung Vai Meng, de Irene Ó e de Margarida Saraiva.
“Show-Off 2.0” é o nome da exposição que é inaugurada esta quinta-feira no espaço da Associação Cultural Vila da Taipa. A mostra vai apresentar colecções de arte de Guilherme Ung Vai Meng, de Irene Ó e de Margarida Saraiva, e fica patente até 15 de Junho.
Esta exposição vem na sequência de uma outra que se realizou há um ano, que mostrava as colecções pessoais de Francisco Ricarte, Frederico Rato e de Konstantin Bessmertny.
Neste segundo capítulo, Guilherme Ung Vai Meng, Irene Ó e Margarida Saraiva mostram as obras de arte que têm, quer a nível local como internacional, incluindo obras que costumam estar expostas nas suas casas. “A exposição explora ideias relacionadas com o coleccionismo de arte e pretende promover o coleccionismo como um bem cultural que parte da iniciativa individual, mas que pode também alargar o sentido de comunidade, fomentar a vitalidade da sociedade, acrescentar diversidade às economias locais (incluindo através de actividades como o comércio de arte) e fomentar o talento local e internacional”, lê-se no comunicado da organização, que acrescenta que “cada colecção da exposição revela aspectos da personalidade do coleccionador”.
Guilherme Ung Vai Meng, recorde-se, foi presidente do Instituto Cultural, e é um artista e académico “imbuído de vigor, paixão e motivação”, descreve a Associação Cultural Vila da Taipa. Nesta exposição, Ung Vai Meng apresenta uma colecção de retratos ancestrais chineses que tem vindo a investigar há mais de 20 anos.
O artista e académico tem um doutoramento em história da arte na Academia de Arte da China, em 2010. Na sequência do curso, publicou um livro sobre história da arte, que será apresentado também na exposição.
Irene Ó, fundadora e arquitecta principal da O.BS Arquitectos, é responsável por obras como o Centro Cultural de Macau, a sede do BNU, Hotel Bela Vista e o Clube Militar, entre outros. Irene Ó começou a coleccionar arte aos 19 anos, a partir de uma aula de desenho em que foi modelo, tendo um dos seus colegas oferecido um retrato seu a carvão que estará presente nesta exposição. A maior parte da sua colecção “tem um profundo valor sentimental e está ligada a familiares e amigos”, diz a organização.
Por fim, Margarida Saraiva é investigadora, curadora e educadora. Trabalha entre a Ásia e a Europa, e co-fundou a organização cultural BABEL, em 2013. Em 2022, fundou a BABEL na cidade portuguesa de Alcobaça, onde fundou a Central-Periférica, um centro de investigação artística. Margarida Saraiva e o seu marido, Tiago Quadros, têm-se dedicado à curadoria e promoção da arte e da cultura em Macau e no estrangeiro, o que tem contribuído para que a sua colecção se baseie na relação com muitos artistas.
Citado no comunicado da Associação Cultural Vila da Taipa, João Ó, presidente da direcção da associação, diz que “é uma honra para nós convidar os três coleccionadores de arte a mostrar as suas diversas colecções de arte” e sublinha que “esta exposição rara e especial pretende explorar a natureza do coleccionismo e suscitar conversas visualmente estimulantes sobre as posses culturais de indivíduos com interesses muito específicos e altamente pessoais”.