Peter Hickman venceu pela quarta vez a prova de motos do Grande Prémio de Macau. No sábado, o britânico liderou a corrida desde o início, ficando à frente do compatriota Davey Todd e do alemão David Datzer. “Correu tudo de acordo com o planeado”, afirmou no fim da corrida o campeão.
Na 55.ª edição do Grande Prémio de Motos de Macau, o piloto britânico Peter Hickman sagrou-se campeão pela quarta vez no Circuito da Guia. O piloto da FHO Racing BMW Motorrad liderou a prova do início ao fim. Davey Todd, também britânico, ficou em segundo lugar. No último lugar do pódio ficou o alemão David Datzer.
Aos comandos de uma BMW M1000RR, Hickman completou as 12 voltas ao circuito em 00:29:16 minutos. Davey Todd fez 00:29:45 minutos. Datzer completou o Circuito da Guia em 00:29:45 minutos.
Citado num comunicado da organização do Grande Prémio de Macau, o britânico disse que “correu tudo de acordo com o planeado”. “Os pneus estiveram fantásticos, tudo funcionou na perfeição. O Davey [Todd] estava a pressionar-me no início, o que foi bom, dado que assim que ganhei uma vantagem, comecei a cometer erros. Tive uma pequena conversa comigo mesmo e, pela décima volta, estava novamente focado. Estou satisfeito pela Faye Ho e por toda a equipa, que trabalhou sem descanso para conquistar esta vitória”, completou Hickman.
Hickman, recorde-se, já tinha vencido a prova de motos do Grande Prémio em 2015 e em 2016. Em 2017, o britânico ficou em segundo, atrás de Michael Rutter. Em 2018, Hickman venceu a corrida pela terceira vez.
Desta vez, a corrida de 12 voltas teve de ser reiniciada depois de um incidente que envolveu Brian McCormack, que caiu e sofreu uma lesão no tornozelo. Ao tentar evitar a moto de McCormack, Nadieh Schoots também caiu. Ambos foram levados ao hospital.
Esta situação aconteceu logo na primeira volta e a corrida acabou por ser reiniciada, beneficiando Davey Todd, que não tinha iniciado a prova depois de ter abandonado a grelha de partida do primeiro arranque devido a problemas na moto. No recomeço, Todd já pôde iniciar a prova, acabando mesmo por ficar em segundo lugar.
“Foi o Peter Hickman que me disse que poderia ter um problema”, disse Todd. “Ele viu algum fumo a sair da moto na volta de aquecimento e acabou por ser um tubo de óleo partido. Senti que o meu mundo tinha acabado, quando caminhava no ‘pit-lane’. No entanto, a equipa foi fantástica, continuaram a trabalhar para o caso de aparecer uma bandeira vermelha, que acabou por acontecer, portanto, pude tomar parte no segundo arranque. Um grande obrigado a Phil Crowe, ele cedeu-nos o tubo de substituição, dado que não tínhamos nenhum, e sem ele não teríamos voltado à corrida”, afirmou o segundo classificado.
Arrancando da frente da segunda grelha da partida, David Datzer teve um mau arranque, perdendo inúmeras posições na partida. Começou então uma recuperação pelo pelotão, tendo passado o estreante em Macau, Josh Brookes, subindo a terceiro, posição que manteve até à bandeira de xadrez. “Fiquei desapontado com o meu arranque”, admitiu o piloto alemão, citado num comunicado da organização. “No entanto, fui abençoado com uma grande moto, que foi preparada por uma grande equipa. Conseguir recuperar e chegar outra vez ao pódio de Macau é uma excelente conclusão do evento”, acrescentou o alemão.
“Estou satisfeito com o resultado final”, disse Josh Brookes, que marcou a sua primeira visita a Macau com um quarto lugar. “Depois do problema de caixa de velocidades na qualificação, tudo na moto ficou perfeito. Tive um excelente arranque desde a quinta linha, mas é a minha função partir bem. Assim que o David me passou para o terceiro lugar, não havia forma de eu estar preparado para atacar e voltar a recuperá-lo. Macau é uma nova experiência para mim. É um ambiente diferente de tudo o resto que eu conheço nas corridas. Gostei muito deste fim-de-semana e quem sabe se não voltarei. Nunca digas nunca”, afirmou após a corrida.
Rob Hodson ficou em quinto lugar e afirmou: “Terminar em quinto foi uma vitória, dado que fomos o melhor piloto não-BMW”. Michael Rutter abandonou cedo com dificuldades técnicas. “Foi pena, dado que a moto tinha vindo a melhorar ao longo de todo o fim-de-semana”, disse o nove vezes vencedor do Grande Prémio de Macau. “Já aqui ando há suficiente tempo para perceber que são coisas que acontecem”.
Erno Kostamo, que venceu o Grande Prémio de Macau do ano passado, esteve em terceiro na primeira metade da corrida, mas teve de abandonar devido a problemas eléctricos na sua moto. David Johnson teve problemas de travões na sua Kawasaki e foi obrigado a desistir. Kamil Holan caiu na última volta e foi levado para o hospital, onde foi tratado de lesões menores.
