No terceiro trimestre deste ano, os visitantes gastaram, no total, 19,6 mil milhões de patacas. Este valor revela um crescimento exponencial de 576,7% em comparação com o mesmo período do ano passado. O valor é até superior em 28,9% em relação ao terceiro trimestre de 2019. Os dados foram revelados ontem pela Direcção dos Serviços de Estatística e Censos.
A Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC) divulgou ontem os dados referentes aos gastos dos visitantes ao longo do terceiro trimestre deste ano. Nesse período, as despesas totais dos visitantes cifraram-se em 19,6 mil milhões de patacas.
Este montante mostra um crescimento exponencial de 576,7% em comparação com o terceiro trimestre do ano passado, altura em que ainda estavam em vigor as restrições fronteiriças impostas pelo Governo ligadas à pandemia. Em comparação com o terceiro trimestre do ano passado, o número de visitantes foi superior em 821,3%.
Além disso, os números da DSEC mostram que houve um aumento das despesas até com comparação com o período antes da pandemia. Em comparação com o terceiro trimestre de 2019, esta despesa subiu 28,9%.
Nos três primeiros trimestres deste ano, a despesa total dos visitantes foi de 52,06 mil milhões de patacas, aumentando 290,3%, face ao mesmo período de 2022 e 8,8%, face ao mesmo período de 2019.
A despesa ‘per capita’ dos visitantes foi de 2.366 patacas, registando-se variações de -26,6%, relativamente ao terceiro trimestre de 2022, e de +54,4%, relativamente ao terceiro trimestre de 2019. A DSEC realça que a despesa ‘per capita’ dos turistas (4.044 patacas) baixou 29,3%, em comparação com o idêntico trimestre de 2022, porém, a dos excursionistas (665 patacas) aumentou 10,7%.
Nos três primeiros trimestres de 2023 a despesa ‘per capita’ dos visitantes cifrou-se em 2.612 patacas, registando-se variações de -14,5%, face ao período homólogo de 2022 e de +64,9%, face ao período homólogo de 2019. Em termos de origens dos visitantes, a despesa ‘per capita’ dos visitantes do interior da China fixou-se em 2.711 patacas, menos 14,8%, em relação ao terceiro trimestre de 2022. Destaca-se que a despesa ‘per capita’ dos visitantes do interior da China com visto individual (2.812 patacas) caiu 54,2%. A despesa per capita dos visitantes de Hong Kong foi de 1.263 patacas e a dos visitantes de Taiwan cifrou-se em 2.266 patacas.
No trimestre de 2023, os visitantes gastaram dinheiro predominantemente em compras (44,3% da despesa ‘per capita’), seguindo-se as despesas em alojamento (29,3%) e em alimentação (20,1%). A despesa ‘per capita’ dos visitantes em compras cifrou-se em 1.048 patacas, menos 49,7%, em termos anuais. Salienta-se que esta despesa foi efectuada principalmente em alimentos/doces (258 patacas), em produtos cosméticos/perfumes (234 patacas) e em joias/relógios (197 patacas).
A DSEC faz também uma análise por principal motivo da visita a Macau: As despesas ‘per capita’ dos visitantes que vieram participar em convenções/exposições (5.072 patacas), tratar de negócios e assuntos profissionais (2.840 patacas) e visitar familiares ou amigos (1.510 patacas) ascenderam 31,4%, 66,7% e 33,9%, respectivamente, em termos anuais. Todavia, as despesas per capita dos visitantes que vieram passar férias (2.848 patacas) e estavam de passagem (318 patacas) desceram 51,2% e 86,1%, respectivamente.
De acordo com os resultados dos comentários dos visitantes referentes ao terceiro trimestre de 2023, as proporções dos visitantes que estavam satisfeitos com os estabelecimentos de jogo (82,2%) e as agências de viagens (80,9%) subiram 1,1 e 10,9 pontos percentuais, respectivamente, face às do trimestre precedente. Contudo, as proporções dos visitantes satisfeitos com os restantes serviços e instalações registaram descidas distintas em termos trimestrais, destacando-se que as proporções dos visitantes satisfeitos com os equipamentos/instalações públicos (86,0%) e os transportes públicos (72,4%) baixaram 2,5 e 5,5 pontos percentuais, respectivamente, e que a proporção dos visitantes que consideravam suficientes os pontos turísticos de Macau (68,5%) diminuiu 6,2 pontos percentuais.