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      Início Internacional Mundo aguenta duas guerras, mas com “custos muito elevados”, diz Marcelo

      Mundo aguenta duas guerras, mas com “custos muito elevados”, diz Marcelo

       

      O Presidente da República portuguesa, Marcelo Rebelo de Sousa, considerou ontem que o mundo aguenta duas guerras em simultâneo, mas com “custos muito elevados”, sobretudo para os mais pobres. “O mundo aguenta? Aguenta, mas isso significa custos muito elevados, custos sobretudo muito elevados para os mais pobres”, frisou Marcelo Rebelo de Sousa, acrescentando que, em guerras como a da Ucrânia ou de Israel, “sofrem sempre mais aqueles que menos têm”, sejam pessoas, regiões, Estados ou continentes. Em declarações aos jornalistas em Vouzela, no final de uma homenagem às vítimas dos incêndios de Outubro de 2017, o chefe de Estado lembrou que os dois conflitos surgiram nos anos seguintes à pandemia de covid-19, deixando “um lastro na vida das pessoas, das comunidades e dos Estados que é difícil de medir neste momento”, porque “ainda não acabaram”. Questionado sobre se concorda com as palavras do primeiro-ministro e secretário-geral do PS, António Costa, que defendeu que Israel tem o direito de se defender agindo militarmente, mas também tem de o fazer respeitando as populações civis de Gaza, Marcelo Rebelo de Sousa fez uma distinção entre os conflitos em curso. “Enquanto na Ucrânia estamos perante um conflito entre dois Estados, aqui estamos perante um ataque terrorista a um Estado, mas sendo certo que esse ataque terrorista vem de uma parcela daquilo que ainda não é um Estado, mas que as Nações Unidas esperariam que pudesse vir a ser um Estado a conviver com o Estado de Israel”, explicou. Neste âmbito, defendeu que “aplicar aqui os princípios e os valores do direito internacional implica uma sensibilidade, um cuidado, uma preocupação muito elevada”. O Presidente da República destacou os esforços que Portugal tem feito, através do Ministério dos Negócios Estrangeiros, para retirar os portugueses que estavam no território israelita. “Portugal até foi mais longe, porque deu transporte a nacionais de outros Estados que queriam também sair. Não pode dar a todos, mas pode dar àqueles que não teriam meios para pôr de pé um esquema de saída”, realçou. Apesar das diferenças, na sua opinião, “os dois conflitos são delicados”: no caso da Ucrânia, envolvendo “praticamente todas as potências mundiais”, há uma “balança de poderes que está a ser discutida” e, no caso de Israel, “há um problema de balança de poderes e de dificuldade em encontrar uma via”.

      Ponto Finalhttps://pontofinal-macau.com
      Redacção do Ponto Final Macau