Luís Herédia, presidente da Associação dos Hotéis de Macau, indicou ao PONTO FINAL que a taxa de ocupação do sector hoteleiro ao longo dos feriados da Semana Dourada que se avizinha poderá ultrapassar os 90%. Este é, “sem dúvida, um período muito importante para o turismo de Macau e para os hotéis”, afirmou. O responsável apontou também que as carências de mão-de-obra que se sentiram na indústria após o fim das restrições pandémicas têm vindo a ser ultrapassadas. “A recuperação do sector hoteleiro tem sido muito positiva”, frisou.
Está à porta a Semana Dourada de Outubro e, com ela, chegam centenas de milhares de visitantes a Macau. Segundo as estimativas da Direcção dos Serviços de Turismo (DST), ao longo dos feriados entre 29 de Setembro e 6 de Outubro, a região deverá receber uma média de 100 mil visitantes por dia. Por isso, Luís Herédia, presidente da Associação dos Hotéis de Macau, calcula que a taxa de ocupação das unidades hoteleiras do território vai ultrapassar os 90% nesse período.
Ao PONTO FINAL, o representante do sector garantiu que os hotéis estão preparados para receber todos os turistas: “Estamos preparados e ansiosos pela Semana Dourada, prontos a receber os turistas da melhor forma, esperando que as condições nos sejam favoráveis. Estimamos estar acima dos 90% de ocupação entre os dias 29 de Setembro e 6 de Outubro, esperando que dias 7 e 8 também sejam bons”.
Herédia sublinhou também que, “neste ano de recuperação económica, a Semana Dourada é sem dúvida um período muito importante para o turismo de Macau e para os hotéis”.
Segundo o presidente da associação, o Verão foi favorável aos hotéis, sendo que houve um abrandamento no período do regresso às aulas e também devido às intempéries que se fizeram sentir na região. No período de Janeiro a Agosto deste ano chegaram a Macau 17,6 milhões de visitantes, mais 363,1% do que o mesmo período do ano anterior, indicam as estatísticas da Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC).
A recuperação ao longo dos nove meses após as fortes restrições fronteiriças que se fizeram sentir na região “tem sido muito positiva”. “A actividade foi crescendo gradualmente, sentindo-se, no princípio, o turismo de vingança ou de desforra, principalmente dos mercados vizinhos, província de Guangdong e Hong Kong”, referiu Herédia.
Ao longo destes nove meses, “conseguimos entender a nova realidade, as novas tendências, os segmentos, estamos a adaptar medidas adequadas a melhorar e a acelerar processos, temos os recursos humanos mais capacitados, restaurantes reabertos, temos mais entretenimento, o produto está mais rico, sendo que há ainda bastante a melhorar”, afirmou o responsável.
Após o fim das restrições pandémicas, os hotéis tinham falta de mão-de-obra, mas a questão foi sendo ultrapassada. “Hoje estamos mais capacitados”, afirmou o presidente da Associação dos Hotéis de Macau, explicando: “Os hotéis estão hoje mais apetrechados, capazes de oferecer um serviço de melhor qualidade embora haja sempre espaço a melhorias”.
“Houve uma rotação muito alta de recursos humanos pelo que há ainda uma necessidade forte de formação, de liderança operacional e de gestão”, ressalvou, notando que “os hotéis necessitam de trabalhadores de muitas especialidades, de vários níveis hierárquicos, desde a culinária ao serviço de chá e de vinhos, de reservas, de vendas e marketing, de acolhimento e quartos, de manutenção, jardins, de recreio e diversão, de contabilidade, de serviços administrativos, de recursos humanos, de compras, armazenamento, e de muitos outros”.