O 6.º Festival de Lanternas de Macau arrancou na passada sexta-feira, com oito instalações de arte de coelhos e de flores de lótus apresentadas pelo artista Alan Chan, que iluminam o One Central Promenade até ao final de Novembro.
O One Central Macau colabora este ano com a MGM para trazer de volta o Festival de Lanternas de Macau ao território, depois da suspensão da iniciativa no ano passado devido à pandemia. As oito peças de arte exibidas nesta edição do evento têm entre 3 a 4,7 metros de altura, cinco das quais situam-se no passeio à beira-rio do One Central e três no respectivo empreendimento comercial e na instalação hoteleira da MGM.
Tendo o tema de “Coelho de Jade em um Jardim de Lótus”, a colecção das lanternas, de acordo com Alan Chan, é inspirada pelo conto lendário chinês sobre o Festival do Bolo Lunar e pela flor do símbolo da Cidade de Macau.
“O salto do Coelho de Jade simboliza a lenda de ‘Chang’e Voa para a Lua’ [história da deusa celestial da lua e o seu companheiro coelho], infundindo a cena com vitalidade juvenil”, salientou o artista, revelando que as peças procuram mostrar a dinâmica e os movimentos dos coelhos, que se destacam de outras instalações e lanternas de coelho. Alan Chan acrescentou que a flor de lótus serve como símbolo de esperança e expectativas do futuro, “formando uma ressonância harmoniosa com a Torre de Macau”.
Por ocasião da cerimónia de abertura do Festival, o artista disse ainda estar contente por poder apresentar as suas obras em Macau, território que costuma visitar e tem muita ligação uma vez que a mãe é natural de Macau.
Helena de Senna Fernandes, por sua vez, assinalou no discurso que as instalações apresentadas “integram a arte com a cultura chinesa através de maneira inovadora”, criando assim uma nova atracção turística.
“Um dos cinco locais recomendados para a observação do Concurso Internacional de Fogo-de-Artifício é a Avenida de Sagres, local do Festival de Lanternas, onde os residentes e turistas podem ver as grandes lanternas, mas também desfrutar do espectáculo de fogo-de-artifício”, realçou a directora dos Serviços do Turismo, apontando que o evento pode adicionar elementos de entretenimento nocturno à cidade.
Já a organizadora do Festival revelou estar esperançada em criar um espaço de arte pública de grande escala para permitir que os cidadãos e turistas “mergulhem livremente na arte”, melhorando a atmosfera cultural do espaço urbano e incentivando o público a participar activamente em experiências artísticas e culturais.