O programa de apoio ao emprego lançado pela Direcção dos Serviços de Assuntos Laborais (DSAL) há três anos para colmatar o desemprego está prestes a chegar ao fim. As autoridades fazem um balanço positivo, e destacam que em Agosto houve menos metade de inscritos do que no mesmo mês do ano anterior, prova de que o mercado do emprego está a recuperar.
Foi em Setembro de 2020 que, face à situação epidémica da Covid-19, a Direcção dos Serviços de Assuntos Laborais (DSAL) decidiu lançar um programa de formação subsidiada, criando os chamados “emparelhamentos” laborais, sessões em que desempregados puderam aceder a vagas de emprego e também frequentar diversos cursos de formação profissional subsidiada e testes de competências técnicas. Esta medida provisória contra a epidemia visava ajudar os residentes afectados a aumentar as suas competências profissionais, a obter um determinado apoio económico e a integrar no mercado de trabalho.
Entretanto, com o fim da epidemia e a retoma económica, as autoridades responsáveis acreditam que a situação estabilizou, e que a oferta de emprego de 7.200 vagas para 250 profissões diferentes actual é “suficiente”. No mês passado, houve menos inscritos no programa do que no mesmo período do ano anterior, numa diminuição de 58%, de 1.429 contra os 3.413 inscritos em Agosto de 2022. No entanto, em comunicado, a DSAL indicou que, “após análise aprofundada”, o programa vai ser estendido até Dezembro, com mais três últimas rondas que vão decorrer entre Outubro e o final do ano.
Nestes últimos três anos, realizaram-se 34 rondas de emparelhamento, em que 26.563 pessoas frequentaram 1.117 cursos. Destes, 23.963 concluíram estas formações. O programa da DSAL teve duas vertentes: “formação técnica” e “encaminhamento profissional”, para que os desempregados pudessem adquirir técnicas básicas e integrar o mercado de trabalho, esclareceu a DSAL. Foram organizados 448 cursos do “Plano de formação subsidiada orientada para o aumento das competências técnicas”, com uma admissão de 9.223 pessoas, das quais 8.832 concluíram os cursos. Nas formações para a empregabilidade, houve 669 cursos com uma admissão de 17.340 pessoas, com 15.131 a terminarem as formações. Contudo, apenas 2.883 formandos acabaram por aceder a posições laborais mediante os serviços de encaminhamento profissional prestados pela DSAL, encontrando emprego por si próprios ou exercendo actividade por conta própria, no entanto, a DSAL promete continuar a auxiliar os formandos a integrarem-se no mercado de trabalho.
Durante o período de implementação, “o Plano foi aperfeiçoado sucessivamente três vezes, tendo sido aumentado o número de vezes de participação no Plano, alargada a cobertura dos destinatários, aligeirados os requisitos de candidatura e acelerada a atribuição de subsídios aos formandos que preenchem os requisitos, entre outros, de modo a atingir o objectivo de que sejam cobertas mais pessoas afectadas pela epidemia”, partilharam ainda as autoridades.
O programa contra o desemprego procurou também ser feito em consonância com a “evolução socioeconómica e a estratégia de desenvolvimento da diversificação adequada da economia ‘1+4’”, com o departamento a multiplicar-se em colaborações com associações locais, federações sindicais, e as regiões adjacentes. O Plano contou com ainda a participação de cerca de 20 entidades com o “intuito de atender melhor às necessidades de formação de diferentes” destinatários, “auscultando as sugestões apresentadas pelos sectores no sentido de coorganizar em conjunto diferentes cursos de formação profissional”, indicou a DSAL. Esta acrescentou ainda que planeia continuar “a criar e organizar mais cursos de formação profissional e testes de competências técnicas adequados às necessidades da sociedade mediante as modalidades de ‘aumento das competências técnicas’, ‘formação com certificação’, ‘formação remunerada em serviço’, entre outras, contribuindo assim para a formação de profissionais necessários ao desenvolvimento da diversificação adequada de Macau”.
1.700 ofertas de emprego para jovens em Feira no Galaxy
O 2.º andar do Centro de Convenções Internacionais do Galaxy vai, entre os dias 27 e 28 de Setembro, receber uma “Feira de Emprego para Jovens”, organizada pela Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL). O evento está a ser realizado em cooperação com a Associação de Nova Juventude Chinesa de Macau e com o apoio da Associação Geral de Estudantes Chong Wa de Macau e do ‘Macau Youth Development Service Centre’. Mais de 60 empresas de renome local e do interior da China vão providenciar 1.700 ofertas de emprego: tecnologia de ponta, finança moderna, ‘Big Health’, cultura e turismo, convenções e exposições e comércio, novas energias, serviços públicos, lazer e jogos, actividades aéreas, construção civil, restauração, vendas a retalho, construção civil, informática e tecnologia, analistas financeiros, cientistas de medicina tradicional chinesa, operadores de transportes, empregados administrativos de bancos e hotéis, pessoal de serviços aéreos e vendedores de produtos de marca. Os interessados devem fazer a marcação prévia para a entrada no evento até 24 de Setembro, mediante o acesso à página temática “Feira de emprego para jovens 2023” da DSAL, ou através da Conta Única de Macau (Pessoas singulares). Os candidatos a emprego devem munir-se dos documentos necessários para as entrevistas, tais como o Bilhete de Identidade de Residente da RAEM e o curriculum vitae, “fazendo todos os preparativos com antecedência e comparecendo com roupa apropriada ao evento para o emparelhamento de emprego in loco”, acrescentou ainda a DSAL.