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      Trabalhadores que fazem entregas denunciam sofrimento físico e mental

      A Universidade de São José (USJ) e a Federação das Associações dos Operários de Macau (FAOM) realizaram em conjunto um inquérito sobre a situação de trabalho dos funcionários que fazem entregas em Macau, descobrindo que os trabalhadores experimentam, geralmente, sofrimento de nível moderado a elevado, e precisam de apoio ao nível da saúde mental.

      Em declarações à Rádio Macau em língua chinesa, Jacky Ho, director da Faculdade de Ciências da Saúde da USJ, revelou ainda que 37% dos entrevistados sentem-se frequentemente “vazios e fracos em termos físicos e emocionais”. O académico, assim, solicitou às autoridades para prestarem atenção à saúde mental dos motoristas de entrega, para evitar eventuais acidentes rodoviários causados pelo “crónico cansaço e exaustão mental e física”.

      Segundo a apresentação feita ontem, o inquérito foi conduzido entre Fevereiro e Maio deste ano, tendo sido recolhidas 134 respostas válidas submetidas pelos jovens trabalhadores de entrega ao domicílio de comida e mercadorias, com idades compreendidas entre 26 e 35 anos. Quase 40% dos inquiridos possuem qualificação académica de ensino-superior, 30% trabalham para o serviço de entrega devido ao desemprego, e mais de 20% optaram pela profissão pelo seu horário flexível.

      O inquérito mostrou ainda que 57% dos entrevistados acham que as medidas de protecção durante o trabalho “é insuficiente”, nomeadamente os equipamentos de protecção e seguro de acidente de trabalho.

      Também há muitos que se queixaram sobre a passividade no trabalho, sendo que 70% dos inquiridos relataram que a distribuição de trabalho de entrega é enviada automaticamente pelo sistema de plataforma para que trabalham, e que não pode ser recusado. Citados pelo Jornal Exmoo, os funcionários de entrega referiram esperar que as plataformas de entrega possam esclarecer os padrões de distribuição, garantindo a transparência, justiça e razoabilidade.

      Além disso, o inquérito sugere a criação de postos, nas instalações sociais, dedicados aos trabalhadores de entrega, proporcionando-lhes um local de descanso e apoio.