Edição do dia

Segunda-feira, 29 de Maio, 2023
Cidade do Santo Nome de Deus de Macau
céu limpo
26.9 ° C
28.8 °
26.9 °
78 %
1.5kmh
0 %
Dom
27 °
Seg
30 °
Ter
33 °
Qua
33 °
Qui
33 °

Suplementos

PUB
PUB
Mais
    More
      Início Internacional Termina cimeira da ONU no Qatar sem reconhecer governo talibã

      Termina cimeira da ONU no Qatar sem reconhecer governo talibã

      Uma cimeira da ONU em Doha, no Qatar, terminou ontem sem qualquer reconhecimento formal do governo talibã, no poder ‘de facto’ no Afeganistão, mas o secretário-geral da organização anunciou um novo encontro para abordar a situação do país. Em declarações à imprensa após o final da reunião à porta fechada, António Guterres afirmou que os diversos participantes no encontro manifestaram empenho em “desenvolver uma aproximação internacional” ao Afeganistão, embora todos tenham concordado “não reconhecer o governo talibã que rege ‘de facto’ o país”. No final da sua intervenção, à pergunta sobre se estaria disposto a reunir-se diretamente com os talibãs, Guterres respondeu: “Quando for o momento adequado para o fazer, não rejeitarei essa hipótese, mas agora não é o momento para tal”. “O mais importante é que todos entendemos as preocupações e dificuldades, e concordámos que é do interesse dos afegãos que trabalhemos juntos [e definamos] uma estratégia e um compromisso que permita estabilizar o Afeganistão”, declarou Guterres. O secretário-geral das Nações Unidas mostrou-se preocupado com as violações de direitos humanos que se sucedem naquele país, destacando especialmente a situação em que se encontram as mulheres e meninas afegãs, bem como as funcionárias de organismos internacionais e organizações não-governamentais (ONG), após a proibição pelos fundamentalistas de ali continuarem a fazer o seu trabalho. Alertou também para outras “graves preocupações” relacionadas com a “persistente presença de terroristas” no Afeganistão, que representa “um risco para o país, a região e outras zonas”. “Não podemos subestimar a situação no Afeganistão, que vive a maior crise humanitária da atualidade, com 97% dos habitantes na pobreza e 28 milhões de pessoas a necessitarem de ajuda humanitária, enquanto seis milhões de mulheres, crianças e homens sofrem de fome”, disse Guterres. Na sua intervenção, o responsável máximo da ONU alertou para a falta de fundos para acorrer a esta emergência, dado que “o plano de resposta humanitária, que pretende angariar 4.600 milhões de dólares [cerca de 4.190 milhões de euros ao câmbio atual], recolheu este ano 294 milhões, apenas 6,4% do financiamento total necessário”. Perante esta situação, Guterres indicou que será futuramente realizada outra reunião, sem precisar a data, para abordar todos os desafios que enfrenta o país, onde não estão a ser cumpridos “os direitos fundamentais e as normas internacionais”.

      Ponto Finalhttps://pontofinal-macau.com
      Redacção do Ponto Final Macau