Os Estados-membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) disponibilizaram à Ucrânia mais de 1.500 veículos blindados e 230 tanques desde o início da invasão da Federação Russa, anunciou ontem o secretário-geral, Jens Stoltenberg. “Os aliados [da NATO], assim como os parceiros do Grupo de Contacto liderado pelos Estados Unidos, enviaram para a Ucrânia 230 tanques, 1.550 veículos blindados e grandes quantidades de munições”, anunciou o secretário-geral da Aliança Atlântica, em conferência de imprensa conjunta com o primeiro-ministro do Luxemburgo, Xavier Bettel, no quartel-general da NATO, em Bruxelas (Bélgica). Estas quantidades, continuou Stoltenberg, “correspondem a 98 por cento do equipamento prometido” às Forças Armadas da Ucrânia para reequipá-las e ajudar a repelir a invasão iniciada sob as ordens do Kremlin no dia 24 de fevereiro de 2022. Durante a conferência de imprensa, Jens Stoltenberg insistiu no apoio inequívoco dos 31 Estados-membros da NATO à Ucrânia enquanto permanecerem militares da Rússia nos territórios ocupados. Contudo, o secretário-geral da Aliança Atlântica alertou para o perigo de “subestimar a Rússia”, uma vez que “aquilo que está a falhar em qualidade” no campo de batalha, “está a compensar em quantidade”. Uma Ucrânia mais bem equipada, sustentou, terá melhores possibilidades de fazer face ao grande número de militares que Moscovo está a destacar para a Ucrânia. O conflito na região do Donbass, em particular em Bakhmut, está num impasse há semanas. É verdade que a Rússia está a tomar conta desta cidade que está próxima de outros duas cidades grandes na região, Kramatorsk e Sloviansk, mas os avanços são pequenos, já que os militares ucranianos não arredam pé desta localidade.