A edição deste ano será diferente da do ano passado, sendo que este ano vão ser apresentadas, em particular, esculturas em madeira de cultura sino-portuguesa pertencentes a coleccionadores locais e estrangeiros. A colecção de arte ocidental inclui litografias de Chagall, bem como algumas raras impressões em tamanho original das gravuras de Albert Durer.
A delegação de Macau da Fundação Oriente apresenta, no próximo sábado, dia 11 de Março, pelas 17h30, na Casa Garden, a segunda edição da “Highly Collectable Art Fair”. A exposição decorrerá apenas até 19 de Março e está encerrada à segunda-feira.
A mostra deste ano é “ligeiramente diferente da do ano passado”, a qual se centrou em artistas locais e artistas de ukiyo-e japoneses e “foi um sucesso”. “Em particular, vão ser apresentadas esculturas em madeira de cultura sino-portuguesa pertencentes a coleccionadores locais e estrangeiros”, pode ler-se no comunicado de imprensa ontem divulgado.
Refere ainda o mesmo comunicado da Fundação Oriente que “os objectos que vão estar expostos são únicos e raramente expostos”. “Entre as cerca de 60 peças apresentadas na exposição, além das peças de porcelana de exportação, de pinturas China Trade e de outros objectos, a colecção chinesa inclui uma paisagem em miniatura de quatro painéis de Sun Yunsheng, discípulo de Zhang Daqian, cujo trabalho em pincel é precioso, pinturas a tinta de Feng Zikai, famoso pelas suas caricaturas, e, ainda, um esboço do célebre pintor a óleo chinês Ai Xuan”, referiu a entidade, sublinhando que “ao longo dos séculos, no decurso do desenvolvimento urbano, este tipo de objectos decorativos, pertencentes a residências de empresários estrangeiros que viveram em Macau durante a época da administração portuguesa, quase desapareceu e raros são os que foram resgatados e preservados”.
A exposição terá ainda uma colecção de arte ocidental que inclui litografias do pintor surrealista bielorusso Marc Chagall, “bastante populares entre os coleccionadores devido à sua acessibilidade”, estando também disponíveis “algumas raras impressões em tamanho original” das gravuras do alemão Albert Durer, datadas do final do século XIX, da Biblioteca Nacional de Paris.
Recorde-se que, durante a primeira edição do certame, intitulado “As impressões românticas de uma era encantadora”, a Fundação Oriente promoveu a divulgação da exposição com cerca de 60 obras de mestres japoneses de ‘ukiyo-e’, das quais 36 são vistas do Monte Fuji, “as mais famosas gravuras de paisagens de Hokusai Katsushika”. “É uma série de gravuras em madeira datadas de 1832, retratando o Monte Fuji em diferentes estações do ano, de diferentes locais, mais ou menos distantes, e com diferentes condições de tempo”, referiu, em 2021, a organização da exposição.
Ainda na mesma mostra, foram apreciadas figuras de mulheres, conhecidas como ‘bijin-ga’, por Kitagawa Utamaro; “As Cinquenta e Três Estações de Tōkaidō”, por Utagawa Hiroshige, após a sua primeira viagem ao longo de Tōkaidō, em 1832; retratos de Toshusai Sharaku, o actor de Toyohara Kunichika, e alguns temas eróticos de autores desconhecidos.