O terramoto de magnitude 7,8 que atingiu ontem o sul da Turquia e o norte da Síria provocou pelo menos 1.400 mortos e destruiu centenas de edifícios, de acordo com os balanços provisórios citados pela Associated Press. Segundo fontes oficiais dos dois países, centenas de pessoas encontram-se ainda sob os escombros receando-se, por isso, que o número de mortos venha a ser muito superior. Nos dois lados da fronteira registam-se condições meteorológicas adversas: temperaturas baixas e chuva que agravam a situação dos sobreviventes, sobretudo na Síria visto que a zona afectada é habitada por quase quatro milhões de deslocados internos e refugiados, vítimas da guerra que se prolonga desde 2011. As equipas de socorristas e residentes em várias cidades tentam encontrar sobreviventes que estejam sob as edificações destruídas. O edifício de um hospital na Turquia, perto da fronteira, colapsou tendo as autoridades transferido os doentes e recém-nascidos para instalações em território sírio. Na cidade turca de Adana, um residente relatou que três prédios perto da sua casa ficaram totalmente destruídos. Uma das zonas mais afectadas, no norte da Síria, é controlada pelos grupos armados de oposição ao regime de Damasco e por organizações extremistas islâmicas, cercados pelas forças russas, aliadas de Bashar Al Assad. Na zona da Turquia atingida pelo sismo, viverem igualmente “milhares de refugiados” da guerra na Síria. O tremor de terra ocorreu às 04:17 de ontem, a 33 quilómetros da capital da província de Gaziantep, no sudeste da Turquia, a uma profundidade de 17,9 quilómetros. Segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS) o tremor de terra que ocorreu ontem registou uma magnitude de 7,8 e sentiram-se dezenas de réplicas. Informações oficiais dão conta do colapso de edifícios nas cidades sírias de Alepo e Hama e em Diyarbakir, na Turquia, neste caso a mais de 300 quilómetros do epicentro. Mais de 900 edifícios ficaram destruídos nas províncias turcas de Gaziantep e Kahramanmaras, segundo fontes governamentais.