A operadora de jogo em Macau Sands China anunciou ontem um prejuízo de 1,58 mil milhões de dólares durante o ano passado, mais 56,4% do que em 2021. Num comunicado enviado à bolsa de valores de Hong Kong, a Sands China revelou um prejuízo de 348 milhões de dólares no último trimestre de 2022. O resultado é melhor do que o registado no trimestre anterior (472 milhões de dólares), mas pior do que no mesmo período de 2021 (245 milhões de dólares). As receitas também caíram significativamente no último trimestre de 2022, com a Sands China a registar 439 milhões de dólares, menos 31,7% do que no mesmo período de 2021. No comunicado, o director executivo da Sands China, Robert G. Goldstein, admitiu que “as restrições às viagens e a descida dos visitantes continuaram a afectar” o desempenho da operadora.
Desde o início da pandemia, as operadoras têm acumulado prejuízos sem precedentes em Macau, que seguiu até meados de dezembro a política chinesa de ‘zero covid’, com a imposição de quarentenas, confinamentos e testagem massiva. Ainda assim, Goldstein disse no comunicado de ontem que a Sands China “continua confiante numa recuperação robusta dos gastos em viagens e turismo” e considera Macau “um mercado ideal para investimento adicional”.
A Venetian Macau anunciou a 17 de Dezembro que irá gastar 30,2 mil milhões de patacas, incluindo 27,8 mil milhões em programas não jogo. “As primeiras indicações são todas positivas, pois observamos uma melhoria significativa nas visitas às nossas propriedades, volume de apostas, vendas a retalho e ocupação hoteleira”, disse Goldstein. Numa sessão de perguntas e respostas com investidores, Goldstein revelou que a Sands China tem registado lucros no período do Ano Novo Lunar, após três anos consecutivos de prejuízos.