Ana Paula Cleto iniciou funções como delegada de Macau da Fundação Oriente no início de Janeiro de 2010. Treze anos depois, decidiu deixar a delegação, terminar a vida profissional e passar mais tempo em Portugal.
Ao PONTO FINAL, a delegada da Fundação Oriente comentou que os três anos em que o território esteve praticamente fechado devido à pandemia tiveram alguma influência na decisão: “O período pandémico fez com que reflectíssemos sobre a vida e sobre o que estávamos aqui a fazer presos e, com alguma pressão da família, achei que estava na altura de começar a pensar em passar mais tempo em Portugal”. Ana Paula Cleto indicou que agora o objectivo passa por fazer uma vida entre Portugal e Macau.
Ana Paula Cleto sublinhou que sai “tranquila” e “contente” com o trabalho desenvolvido nos últimos 13 anos à frente da delegação da Fundação Oriente. “Acho que dinamizei a delegação de Macau. Fiz uma coisa que era importante para mim, que era estabelecer parcerias com o maior número de associações culturais, tanto de matriz portuguesa como de matriz chinesa, em Macau”, afirmou, acrescentando: “A sensação que tenho é de que, tanto do lado português como chinês, as portas estão abertas e as pessoas se sentem à vontade para solicitar colaboração e cedência de espaço. Nesse aspecto, consegui que este espaço fosse da comunidade”.
A investigadora e antiga coordenadora da Língua Portuguesa na Universidade de Macau, que se vai manter no cargo até ao final de Março, assumiu as funções na delegação a 4 de Janeiro de 2010, tendo substituído Rui Rocha, que foi na altura liderar o Instituto Português do Oriente (IPOR).
Sobre Catarina Cottinelli, que passará a ser a delegada em Macau da Fundação Oriente a partir de Abril, Ana Paula Cleto disse acreditar que a académica pode fazer um “excelente trabalho”. “A delegação fica em boas mãos”, garantiu.