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      Incidente na Polónia causado por míssil ucraniano, mas culpa não é de Kiev, diz NATO

      O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte, Jens Stoltenberg, disse ontem que a explosão que matou duas pessoas na Polónia “foi provavelmente causada” por um míssil ucraniano, mas ressalvou que “não é culpa da Ucrânia”.

      “A nossa análise preliminar sugere que o incidente foi provavelmente causado por um míssil de defesa aérea ucraniano disparado para defender o território ucraniano contra ataques de mísseis de cruzeiro russos, mas deixem-me ser claro, isto não é culpa da Ucrânia”, afirmou Jens Stoltenberg, secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO).

      Falando em conferência de imprensa em Bruxelas após ter presidido a uma reunião do Conselho do Atlântico Norte para discutir a explosão de terça-feira na Polónia, perto da fronteira com a Ucrânia, o líder da Aliança Atlântica vincou: “A Rússia tem a responsabilidade última, uma vez que continua a sua guerra ilegal contra a Ucrânia”.

      De acordo com Jens Stoltenberg, “está em curso uma investigação sobre este incidente”, mas até ao momento não há “qualquer indicação de que este tenha sido o resultado de um ataque deliberado”. “E não temos qualquer indicação de que a Rússia esteja a preparar ações militares ofensivas contra a NATO”, concluiu o secretário-geral da organização.

      O Presidente polaco, Andrzej Duda, admitiu ontem que o míssil que matou duas pessoas na Polónia, na terça-feira, “tenha sido lançado pela Ucrânia”, mas disse que nada indica que tenha sido um “ataque intencional”. “Muito provavelmente, um foguete de fabrico russo dos anos 70 caiu em território polaco. Não temos provas de que tenha sido lançado pela Rússia. Há uma grande probabilidade de ter sido um míssil ucraniano”, declarou Duda, citado pela agência polaca PAP.

      Duda disse que a Polónia não vai invocar o artigo 4.º da NATO que prevê consultas entre aliados sempre que esteja ameaçada a “integridade territorial, a independência política ou a segurança” de qualquer Estado-membro da Aliança Atlântica.

      O projéctil, que Duda disse poder ser um míssil S300, caiu em território polaco junto à fronteira com a Ucrânia, na terça-feira, e matou dois agricultores. A Polónia admitiu de imediato accionar o artigo da NATO sobre consultas entre aliados, mas essa intenção foi abandonada após uma reunião dos responsáveis pela defesa e segurança. “A maioria das provas que recolhemos indica que talvez a ativação do artigo 4.º da NATO não seja necessária desta vez, mas este instrumento ainda está nas nossas mãos”, disse o primeiro-ministro polaco, Mateusz Morawiecki, no final da reunião em Varsóvia.

      Duda recordou que a Rússia disparou cerca de 100 mísseis contra a Ucrânia na terça-feira, incluindo na região próxima da fronteira com a Polónia. “A Ucrânia defendeu-se, o que é obviamente compreensível, também através do disparo de mísseis, cujo objetivo era derrubar mísseis russos”, disse Duda, segundo a PAP.

      O chefe de Estado polaco disse que se trata de lidar com um “confronto muito grave causado pelo lado russo, tão grave como todo o conflito”. “O confronto de ontem [terça-feira] é certamente da responsabilidade do lado russo”, acrescentou.

      A União Europeia (UE) manifestou ontem a sua solidariedade com a Polónia e a Ucrânia, na sequência da explosão de um míssil na região leste polaca, na terça-feira. “O colégio [de comissários] tomou nota da reunião do Conselho do Atlântico Norte, convocada esta manhã pelo secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, na sequência da explosão de ontem [terça-feira] no leste da Polónia e, claro, a UE está plenamente solidária com a Polónia, bem como com a Ucrânia”, disse, em conferência de imprensa, a comissária europeia para os Assuntos Internos, Ylva Johansson.

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      Redacção do Ponto Final Macau